Com a queda de juros, ficou relativamente mais fácil conseguir um rendimento com dividendos superior a rentabilidade proporcionada por aplicações de renda fixa, como o CDI ou a Taxa Selic.
Sendo assim, uma opção para os investidores que querem diversificar suas aplicações em busca de maiores rendimentos seria aplicar seus recursos em ações que pagam dividendos elevados.
O que são Dividendos e Como Funciona a Distribuição?
Dividendos são uma parte do lucro de uma determinada empresa que é distribuído aos seus acionistas. Toda empresa S.A tem capital aberto e distribui no mínimo 25% dos seus lucros aos acionistas.
Quando o Conselho de Administração da companhia verifica se a empresa obteve lucro ao longo do exercício, ela distribui uma parte desse montante aos acionistas.
A empresa deve deliberar sobre os dividendos a distribuir, e informar publicamente os valores e datas de pagamento. Cada instituição possui uma periodicidade de pagamento diferente, variando entre mensal, trimestral ou anual.
Quais São as Ações Mais Promissoras?
A equipe de análise da XP listou dez ações que devem trazer um retorno superior ao da Taxa de Juros.
Essa estimativa de dividend yield ( divisão do valor esperado em dividendos pelo preço das ações) está em alta para os próximos dois anos, com boas perspectivas para o negócio.
Na lista elaborada pela equipe, se encontram as tradicionais empresas do setor elétrico, dos setores de saneamento, de distribuição e siderurgia.
Dentre essas, os analistas apontam duas blue chips (empresas consideradas seguras para investir analisando sua condição financeira e consolidada como líder em seu ramo): a Petrobrás (PETR4) e a Vale (VALE3) como boas pagadoras de dividendos.
Confira abaixo as ações que se espera um bom pagamento de dividendos para os próximos anos:
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AES Tietê (TIET11)
Empresa de geração de energia elétrica que atua principalmente em São Paulo. Mesmo dependendo das chuvas, os analistas a destacam afirmando que a mesma possui margens elevadas e um certo grau de previsibilidade. Com lucros consistentes, a companhia se torna cotada para investidores.
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Taesa (TAEE11)
A transmissão de energia elétrica, setor de atuação da Taesa, é baseada em receitas fixas corrigidas pela inflação e margens elevadas, levando a um fluxo estável de dividendos. Além disso, a empresa sempre busca por mais crescimento, seja pela participação em leilões de novas linhas, seja pela aquisição de projetos de outras empresas.
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Transmissão Paulista (TRPL4)
Por conta do segmento de atuação (energia elétrica) e margem elevada, os analistas não descartam o pagamento de dividendos extraordinários por conta dos baixos endividamentos desta companhia.
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Cemig (CMIG4)
A estatal mineira pretende distribuir 50% do lucro líquido aos acionistas. A prioridade é para os preferenciais, com dividendo mínimo igual ao maior dos seguintes valores (i) 10% de seu valor nominal de R$ 5,00/ação (valor do balanço patrimonial) ou (ii) 3% do valor do patrimônio líquido das ações.
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Engie (EGIE3)
Mais uma geradora de energia com um certo grau de previsibilidade. A Engie apresenta lucros consistentes, além de se destacar pela capacidade diferenciada de se proteger dos efeitos de baixa incidência de chuvas. Outro fator que valoriza suas ações é o fato da empresa estar se expandindo para os setores de transmissão de energia e transporte de gás.
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Sanepar (SAPR11)
A estatal paranaense de saneamento distribui dividendos elevados por conta de sua política de proventos. Ela prevê a distribuição do dividendo mínimo de 25% do lucro, além de 25% adicionais caso a situação financeira da empresa o permita (o que acontece desde 2012).
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Copasa (CSMG3)
Outra empresa de saneamento, permite bom pagamento de dividendos ao prever uma distribuição de no mínimo 25% e no máximo 50% do lucro como proventos. Também existe a possibilidade de distribuições extraordinárias caso certas condições de endividamento sejam cumpridas. “Acreditamos que a Copasa deve cumprir tais condições sem dificuldades”, destaca a equipe de análise.
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BR Distribuidora (BRDT3)
Empresa com baixo endividamento e recursos relevantes por conta de um acordo com a Eletrobras anunciado em 2018. Os analistas também destacam a antecipação dos recebíveis da Amazonas Energia R$ 1,4 bilhão em setembro de 2019.
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Gerdau (GGBR4)
Como a empresa possui operações relevantes dentro e fora do país, sua distribuição geográfica é positiva e “permite à Gerdau um certo grau de consistência nos lucros e, consequentemente, na distribuição de dividendos aos acionistas”, avalia a equipe de análise. A distribuição de seus dividendos é trimestral e o pagamento de proventos é, no mínimo, 30% do lucro líquido.