Em 2020, foi realizada uma pesquisa sobre o perfil dos consumidores de contas digitais pela Fujitsu, líder em tecnologia da informação e da comunicação (TIC).
Nas entrevistas, 27% dos brasileiros que participaram alegaram operar suas finanças com um banco tradicional, juntamente com as contas digitais.
Foi afirmado que os mais jovens estão mais propensos a usar serviços de bancos digitais do que clientes de qualquer outro país, que foram entrevistados na pesquisa.
Foram ouvidos consumidores de países, tais como Austrália, Canadá, Alemanha, Japão, México, Nova Zelândia, Finlândia, Irlanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
Conta Digital Cativa os Mais Jovens
De acordo com pesquisas, os mais jovens são os mais adeptos a novas soluções. 27% dos entrevistados entre 16 a 24 anos e 33% entre 25 a 34 anos disseram que têm a intenção de utilizar apenas instituições digitais em até cinco anos. Em contrapartida, a média global está bem abaixo, atingindo apenas 16%.
Olhando essas estimativas, percebemos que os bancos digitais estão de fato alcançando seus objetivos. E tem mais, após a inserção da “Educação Financeira” nas escolas do país pelo Ministério da Educação, a tendência é que a idade dos clientes diminua ainda mais. Tal fato já podemos perceber na conta Inter específica para crianças, por exemplo.
No entanto, aos brasileiros mais vividos, a sensação de estabilidade que os bancos tradicionais transmitem, ainda é um empecilho para que os clientes migrem de vez para os bancos digitais. “Isso significa que as instituições digitais devem se preocupar em ter infraestruturas sólidas, sustentadas por segurança e transparência, para tranquilizar os consumidores sobre sua longevidade”, aponta o relatório publicado pelo “Valor Econômico”.
Melhora no Mercado
A grande maioria dos entrevistados (85%) afirma que sua experiência bancária é melhor hoje do que era cinco anos atrás. E nove em cada dez são otimistas, acreditando que a experiência irá melhorar ainda mais nos próximos anos. Quatro em cada cinco pessoas ouvidas querem que os bancos sejam mais inovadores – e a mesma proporção diz que o acesso a bons serviços digitais determina onde eles permanecem como clientes.
A pesquisa, que entrevistou 22.640 clientes em todo o mundo, sendo dois mil deles aqui no Brasil, constatou que uma experiência digital positiva e bons serviços on-line são pontos determinantes para os clientes no processo de escolha do banco.
Apesar disso, é importante ressaltar que 74% dos brasileiros dizem estar impressionados com a quantidade de soluções bancárias disponíveis hoje no mercado e, por vezes, se confundem com tantas informações. “Talvez como uma maneira de driblar essa confusão, um número semelhante (70%) diz que em cinco anos planeja interagir com apenas um provedor de serviços financeiros, em vez de gerenciar várias contas com vários bancos”, sugere a empresa responsável pela pesquisa.
Confiança nos Bancos
A confiança dos brasileiros nas instituições bancárias é considerada alta. Entre os que responderam o questionário, 61% afirmam confiar em seu banco atualmente mais do que há cinco anos.
Apesar disso, 66% das pessoas revelam a preocupação com a relação entre o aumento do uso de novas tecnologias e a exposição de dados pessoais. De fato, problemas relacionados à segurança dos dados são desafios para as instituições.
De acordo com a pesquisa, mais da metade dos brasileiros (57%) afirma que a insegurança sobre essas informações pode ser um motivo que os fará deixar de aderir a bancos digitais no futuro.
“A partir dessas informações fica evidente que, apesar de desejarem por serviços digitais avançados e inovadores e confiarem em seus bancos, os brasileiros se mantêm atentos a como essas instituições financeiras estão garantindo o sigilo e segurança de suas informações. É um ponto que deve receber atenção especial por parte dos prestadores desse tipo de serviço”, orienta Alex Takaoka, Diretor de Vendas da Fujitsu do Brasil.