O mundo parece estar apocalíptico nos últimos meses e caminhamos à passos largos para um futuro que está cada vez mais próximo, onde a maneira como iremos realizar pagamentos, transferências, investimentos e basicamente qualquer transação, mudará completamente.
Tudo está ficando cada vez mais fácil e simplificado. A Uber não mudou somente a forma como nos transportamos, mas também mudou completamente a forma como fazemos um pagamento. Já parou pra pensar nisso?
Pense como era antes, quando você pegava um táxi. Quantas vezes você não ficou parado em frente ao seu destino por 5 minutos ou mais, até finalizar o pagamento? Se pararmos pra analisar, essa é uma experiência muito frustrante pro usuário, que só quer chegar logo no seu destino sem perder mais tempo.
E a Uber mudou essa experiência negativa. Você simplesmente chega no destino, agradece ao motorista e desembarca, sem se preocupar pois a corrida já está paga, cobrando diretamente no seu Cartão de Crédito.
No gráfico acima, podemos ver que nos Estados Unidos, em 2018, 45% das transações online foram feitas via Cartão de Crédito cuja os dados estavam armazenados no computador ou celular, da mesma forma que os pagamentos com a Uber funciona.
Essa forma de pagamentos sem fricção acaba sendo chave para a maior adoção de usuários. Um outro exemplo nesse sentido é a AmazonGo, que muda completamente a forma como fazemos compras em supermercado, sem precisar passar pelo caixa para fazer o pagamento.
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Pagamentos pelo WhatsApp
Em parceria com o Banco do Brasil, Nubank, Sicredi e Cielo, o Facebook pretende tornar o envio de pagamentos tão simples quanto enviar uma foto pelo Whastapp. A notícia torna-se mais relevante, já que o Brasil será o primeiro país do mundo a ter essa função no WhatsApp.
Novidade no Brasil, esse formato de pagamentos não é tão novo assim. Na China, por exemplo, o pagamento mobile via aplicativo de mensagem é uma realidade há mais de 6 anos. Através do WeChat Pay ou do Alipay, do grupo Alibaba, esse tipo de pagamentos já atinge mais de 92% dos habitantes das maiores cidades da China e 47% dos habitantes de cidades rurais, somando um total de US$ 16 trilhões em transações só em 2017.
Gigantes da Tecnologia
Não é de hoje que as Big Techs estão de olho nesse mercado. O Google já havia lançado algo parecido, o Google Pay, que está muito forte em países como a Índia, tendo transacionado US$ 81 bilhões até março. A Apple no ano passado também lançou seu Cartão de Crédito, com um excelente cashback para os usuários e, mais recentemente, a Samsung também apresentou sua versão de cartão de crédito.
A Amazon também está bem avançada na versão de pagamentos por voz da Alexa Pay, permitindo que usuários possam realizar todas as transações com comandos de voz.
Antes concentrado por bancos, agora essas gigantes de tecnologia passam a agregar mais um serviço aos seus usuários. E faz todo sentido. Considerando que elas já detém boa parte de mídia, atenção e dados dos usuários, faltava dominar as informações e hábitos de pagamento e consumo.
Como cito no meu livro “O Futuro do Dinheiro“, dados são o novo petróleo. Então a possibilidade de coletar mais dados e, consequentemente, vender melhores anúncios e serviços para esses usuários faz parte do modelo negócios dessas empresas.
PIX – Pagamentos Instantâneos no brasil
Em fevereiro deste ano o Banco Central já havia anunciado o lançamento do PIX, o Sistema de Pagamentos Instantâneos, que vem pra futuramente substituir os sistemas de transferência DOC e TED e permitir transações em até dez segundos, com funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Com o início dos testes tendo começado no dia 05 de Outubro, o sistema já conta com mais de 3,5 milhões de registros no primeiro dia da plataforma. Agora, todos os bancos e instituições financeiras com mais de 500 mil usuários deverão oferecer essa facilidade, que irá melhorar a vida de quem realiza transações e pagamentos.
Bitcoin e Central Bank Digital Currencies
No meio de todo esse movimento no mercado tradicional, temos de um lado o Bitcoin, despontando como principal digital asset descentralizado do mundo e do outro, os principais bancos centrais mundiais, avançando nas discussões sobre a emissão de suas próprias versões de moedas digitais.
Em Abril, o BIS (Bank for International Settlements), uma espécie de Banco Central dos bancos centrais, publicou um artigo muito interessante com o título de “Covid-19, cash, and the future of payments”. Basicamente o artigo trata sobre como a transformação digital do dinheiro vai ocorrer e deve ser acelerada pelo Coronavírus.
Como vimos, a adoção a sistemas “sem dinheiro” e o fim do papel moeda está avançando rápido e a tendência é cada vez mais vermos os cartões de crédito e outras facilidades de pagamentos serem adotadas.
Essa série de avanços tecnológicos abre espaço para o aumento do entendimento e até de transações com Bitcoin e Criptoativos, já que as pessoas vão se adaptando a usar e lidar com todas essas inovações e adquirindo mais confiança nesses novos sistemas.
É um grande passo para a adoção de diversas outras tecnologias do ponto de vista do meio de pagamento e de transação de valor. Soluções em blockchain estão surgindo para ajudar nesse sentido e tenho certeza que veremos uma série de outras inovações muito mais rápido do que imaginávamos.
E aí, se uma revolução financeira acontecer agora, você já está preparado?
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