Dois Milhões de Pessoas Ingressam na B3 em Um Ano

Novo Investidor é Jovem, Começa com Quantias Menores e tem Visão de Investimento de Longo Prazo

Dois Milhões de Pessoas Ingressam na B3 em Um Ano

A B3, Bolsa de Valores de São Paulo, divulgou um estudo sobre o perfil de pessoas que iniciaram sua jornada de investimentos. Em outubro de 2020, o número de contas na B3 ultrapassou a marca de 3,2 milhões.

De acordo com os dados da pesquisa, o perfil médio da nova safra de investidores é jovem (média de 32 anos), sem filhos (60%), com renda mensal de até R$5 mil (56%) e com trabalho em tempo integral (62%).

Apesar da maioria (74%) ainda ser formada por homens, chama a atenção o crescimento das mulheres (26%) investindo na bolsa, saltando de 179.392 em 2018 para 809.533 em 2020.

Seguindo a tendência de pesquisas anteriores, o valor do primeiro investimento entre os investidores pessoa física tem caído. Nos últimos dois anos, recuou 58%, saindo de R$ 1.916, em outubro de 2018, para R$ 660, em outubro de 2020.

Entre os investidores mais jovens, os valores são menores ainda. Em outubro de 2020, o valor médio do investimento inicial era de R$ 225 entre os investidores de 16 a 25 anos de idade.

Maior Diversificação na Carteira de Investimentos

O ticket menor não se traduz em menor diversificação dos investimentos. Quase metade dos investidores (46%) passou a ter posição em mais de um produto de renda variável logo após a sua chegada à B3.

Em 2016, por exemplo, 78% das pessoas físicas detinham somente ações. Em 2020, esse número cai para 54%, e outros produtos passam a integrar as carteiras desses investidores.

Volatilidade do Mercado não Assusta Mais os Novos Investidores

O sobe e desce do mercado, que costuma ser associado à fuga de pequenos investidores na bolsa de valores, tem impacto menor nessa nova safra.

Dentre os investidores ouvidos para o estudo da B3, 64% afirmam que resgatariam os valores investidos na bolsa apenas se precisassem do dinheiro. A queda na rentabilidade dos ativos seria o motivo para sacar o valor para apenas 28% dos entrevistados.

“Um legado importante para o investidor é que a volatilidade deixou de ser vista como algo ruim, que assusta, que bota medo. Na medida em que ele se educa e vivencia grandes oscilações, compreende que volatilidade faz parte da dinâmica do mercado e é também uma oportunidade, dependendo da estratégia de investimentos”, afirma o diretor de Relacionamento com Clientes-Pessoa Física da B3, Felipe Paiva.

E continua: “o pensamento de médio e longo prazo já faz parte da mentalidade de boa parte dessa nova safra que começa a investir. A decisão de resgatar os investimentos fica muito mais atrelada à liquidez (‘eu preciso do dinheiro agora para alguma emergência’) do que à volatilidade (‘vou resgatar porque o mercado está em baixa’)”.

Ainda de acordo com Paiva, a educação e conhecimento financeiro tem papel central nessa mudança de comportamento. “A educação e a busca por mais informações sobre os produtos leva à diversificação, o conhecimento do investidor sobre o perfil dele e do seu apetite para o risco.”

Para ele, a questão da volatilidade é uma questão pontual para os jovens. “É uma mudança de mentalidade que está se consolidando entre os jovens brasileiros e, por isso, uma mudança geracional na forma de investir no país”, avalia.

O Poder dos Influenciadores Digitais

Parte dessa jornada de educação dos investidores se deve à democratização do acesso à informação. E boa parte dessas informações chegam a essa nova safra de investidores pela internet, tendo como canal os influenciadores digitais.

De acordo com os investidores ouvidos pela Bolsa de Valores de São Paulo, 73% obtêm informações sobre investimentos na internet e 60% o fazem por meio de influenciadores digitais.

Ainda que sejam uma das fontes prioritárias para informação, dentre os 60% que utilizam influenciadores como fonte de informação, somente metade (32%) afirma que toma decisões de investimento baseadas em recomendações de influenciadores.

A maioria dos investidores (73% do total ouvido pela pesquisa da B3) afirma que toma decisões de investimento por conta própria, a partir de conclusões obtidas depois da análise de dados e informações de diversas fontes.

Ainda conforme Felipe Paiva, “a transformação digital trazida pelo avanço da tecnologia e o maior acesso à informação foram cruciais para que o mercado de investimentos se desenvolvesse muito nos últimos anos no Brasil. E, nesse cenário, é essencial que as pessoas estejam cada vez mais atentas não só à qualidade dos dados como, também, à credibilidade, reputação e histórico de suas fontes”.

O Universo da Pesquisa

O estudo da B3 sobre perfil e comportamento dos investidores considera dados atualizados da central depositária de renda variável da B3 e de dados coletados por meio de entrevistas com 1.371 investidores de todo o Brasil.

O perfil dos investidores é de  idade entre 18 e 65 anos, das classes A, B e C. A informação é de que eles investiram pela primeira vez na bolsa de valores entre abril de 2019 e abril de 2020.

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