Quem nunca precisou pagar apenas o mínimo da fatura do cartão de crédito porque gastou demais no mês e não tinha o valor total para pagar? Você não está sozinho nesta! Isso é uma realidade da maioria dos brasileiros, o que faz com que eles tornem a própria vida financeira, uma bola de neve de dívidas.
Desde abril, o Banco Central estipulou uma nova regra para quem vive pagando apenas o valor mínimo de 15% das suas faturas. A questão é: essa nova regra é boa para o cliente, ou para o banco? Para tirar essa sua dúvida, vamos te explicar em detalhes o que realmente mudou na nova regra do cartão de crédito. Não está sabendo usar o cartão de crédito de forma inteligente? Vamos te ajudar com isso também!
Quais eram as regras do cartão de crédito
Na regra que estamos acostumados, quando o cliente não tinha o valor total para o pagamento da fatura, ele pagava um valor mínimo de 15% para não ficar inadimplente. Os outros 85% da conta eram lançados para a fatura do mês seguinte, vindo junto com juros abusivos! Vamos colocar em números para facilitar para você. A fatura chegou na sua casa no valor de R$1.000 e você não tinha o valor total do pagamento.
Então decidiu pagar o mínimo de R$150 e os outros R$850 chegariam na fatura mês seguinte com um adicional de juros de 16% no valor de R$986! Ficou mais claro, não é mesmo? Se você ficasse vivendo durante um ano dessa maneira, você pagaria em torno de R$4.200 sem aumentar os gastos do seu cartão de crédito. Ou seja, você só conseguiria pagar esse valor se arrumasse uma renda extra para pagar tudo certinho. Com o passar dos meses, o pagar o mínimo se tornava uma bola de neve, que só um milagre para te tirar dela. Mas o que mudou?
Como funcionam as novas regras do cartão de crédito
Agora, com a nova regra, você só pode permanecer no rotativo por 30 dias! Quando chegar no mês seguinte, a instituição financeira que você possui o cartão, precisa te oferecer uma oportunidade de parcelamento com juros baixos. Mas toda regra nova precisa ser aprimorada! O Banco Central ainda não estabeleceu algumas regras específicas que geram muitas dúvidas à respeito do parcelamento.
Cada banco ou instituição possui liberdade para estabelecer a quantidade de parcelas e juros que são cobrados do cliente. Algumas parcelas possuem um tempo muito grande de pagamento, e isso te exige uma vida financeira mais organizada, que você sabe que é necessário melhorar. Algumas instituições oferecem oportunidades de parcelamento de até 24 meses!
Parece uma coisa boa, mas não é. Quanto maior o tempo de pagamento, mais juros serão cobrados de você, e maior tempo a sua renda mensal estará destinada para essa dívida. Observe com atenção suas faturas! Caso não tenha pago o valor total no mês passado, a instituição financeira já pode ter te colocado no parcelamento automático. Caso tenha alguma coisa diferente na sua fatura, ligue imediatamente para o seu banco e tire todas as suas dúvidas. A pergunta mais importante ainda não foi feita: isso é vantajoso para os clientes?
Vale a pena parcelar a fatura do cartão de crédito?
Na realidade, essa lei não muda muito para cliente, a não ser privar você de alongar indefinidamente a sua dívida, já que possui a opção de parcelamento. Mas saiba que nem sempre o parcelamento é vantajoso para você!
Saiba analisar sua fatura. Qual a taxa de juros que irão fixar no seu contrato? Será que você consegue algum crédito mais barato em outro lugar? Comece a se questionar sobre o seu próprio dinheiro! A taxas podem variar de 0,99% a 9,99%. A tendência é que a maioria da população brasileira, por possuir um histórico de dívidas, vão conseguir a maior taxa de juros, ou próximo a ela.
Se você for uma pessoa que já possui no nome um histórico de inadimplência, saiba que não irão facilitar para você. Nesse momento, vale pensar se existem outros meios de sanar essa dívida que te custam menos do que o compromisso de pagar juros abusivos durante meses da sua vida. Existem empréstimos pessoais, ou consignado, ou com garantia de veículo ou imóvel que podem sair mais baratos do que o parcelamento do cartão de crédito.