Vale a Pena Investir Em Meio a Crise?

Momentos de crise podem ser grandes oportunidades para investir, mas fica difícil tomar essa decisão e decidir qual a melhor estratégia para o sucesso financeiro

Vale a Pena Investir Em Meio a Crise?

A rápida disseminação do coronavírus impactou drasticamente a economia mundial. A instabilidade econômica e política do país gera medo em muitas pessoas na hora de investir. Em contrapartida, outros conseguem ver isso como uma grande oportunidade de expandir o patrimônio.

A crise não é apenas um momento agravante de total redução em todos os setores. Porém, com certeza é melhor investir quando a situação financeira está na época das “vacas gordas”.

Separar 10 a 20% do salário em meio a crise pode não ser tão fácil assim, mas mesmo com o consumo mais baixo, investir pode ser uma grande oportunidade em alguns mercados e te dar mais segurança em períodos de instabilidade.

Invista em renda fixa

Se você é iniciante, a renda fixa é a mais indicada, por ser mais estável e segura. Muito utilizada para quem não tem reserva emergencial, ela possui uma rentabilidade previsível, que pode estar associada a taxa Selic (média das taxas de juros de empréstimo dos bancos), o CDI (Certificado de Depósito Interbancário – empréstimo entre os bancos), a inflação, um percentual mensal ou outro parâmetro.

Os tipos de aplicações são caracterizados de acordo com os objetivos, risco, emissor, rentabilidade etc. O pior investimento de renda fixa é a poupança, pois o rendimento é muito baixo. Além disso, quando a inflação supera o juros da poupança, você perde dinheiro ao invés de ganhar. E, infelizmente, é o tipo de investimento que a maioria utiliza como estratégia.

Mas existem outras opções que podem ser uma boa alternativa, como CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), Letra de Câmbio e Tesouro Direto.

Pesquise qual desses investimentos oferece ganhos reais com custos baixos de manutenção. Evite fundos de renda fixa com taxas de administração maiores que 1%.

Invista em ações

Existem ativos bastante depreciados e baratos no momento de crise, mas é preciso ter cautela ao investir em ações. Se você tem pouco conhecimento sobre esse mercado, não é indicado que invista grandes quantidades nesse momento. Vá aumentando de forma gradativa, assim, conseguirá aprender mais e desenvolver sua própria estratégia.

Mas, quais ações devo investir? Cada investidor precisa analisar o seu perfil de risco e o seu momento para decidir se vale ou não a pena investir na crise. Tenha em mente o investimento a longo prazo, no mínimo 5 anos. Um tempo menor tempo que este pode fazer com que perca dinheiro.

Foque em empresas sólidas, com baixo nível de endividamento, resultados consistentes e com perspectivas interessantes. Nessa crise do coronavírus, os bancos, mineradoras, mercado da proteína animal e empresas aéreas têm sido grandes destaques na bolsa de valores.

Escolha uma corretora e uma plataforma de investimento que não cobram altas taxas de investimento, pois fará com que precise render ainda mais para compensá-las.

Antes de investir em ações, pesquise e entenda a situação que se encontra a empresa e aprenda mais sobre o mercado de ações.

Invista em imóveis

Com a taxa Selic atingindo o menor nível da história, muitos investidores estão procurando o mercado imobiliário ao invés da renda fixa. Ainda, muitas pessoas estão vendendo seu imóvel para conseguir arcar com outras necessidades financeiras e a crise faz com que essa decisão tenha que ser agilizada e os preços caem.

Você deve estar atento às características desse segmento:

  • Baixa liquidez: ou seja, você recupera seu dinheiro a longo prazo. Caso precise vender com pressa é provável que o processo seja difícil e o preço seja menor que o esperado
  • Residencial: o aluguel rende a médio prazo, mas corre o risco de ficar desocupado e ter que continuar assumindo impostos e outros gastos
  • Comercial: muitas empresas foram forçadas a trabalhar de forma remota e a tendência é que isso se prolongue mesmo após a crise.

Fatores que devem ser considerados na hora de investir

Antes de tomar qualquer decisão é preciso verificar como vai ficar as contas em casa no caso de emergência e reforçar a reserva de emergência. Geralmente, o ideal é que você tenha guardado um valor equivalente às despesas de 3 a 6 meses.

Porém, em meio a pandemia, como as incertezas são muitas, especialistas indicam separar um valor para 12 meses e colocá-lo em um fundo de renda fixa de liquidez diária. Somente quando estiver seguro sobre as finanças a curto prazo é que deve pensar sobre em como multiplicar o dinheiro.

Invista apenas a quantia que pode ser perdida. Com a instabilidade durante as crises, ao investir apenas aquilo que “não faz falta”, não deixará você tão preocupado ao ver seu dinheiro sendo desvalorizado naquele momento. Do contrário, ao aplicar mais do que poderia perder, poderá acabar tomando alguma decisão errada.

Alguns indicadores econômicos são analisados para avaliar os setores durante a crise e ajudar na decisão no momento de investir, como a Taxa Selic, câmbio atual e câmbio futuro, expectativa de crescimento do PIB, crédito, dentre outros. Assim, é possível identificar qual setor irá sofrer mais ou menos e aplicar a melhor estratégia.

Não existe momento ruim para investir. É preciso saber identificar as melhores opções que se encaixam no seu perfil. Crise é tempo de buscar e aproveitar as oportunidades que são oferecidas.

Ao invés de investir em empresas que cresceram nos últimos meses, se atente para aquelas que têm um maior potencial a longo prazo. Por fim, lembre-se: quanto maior o retorno esperado, maior será o risco.

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