O Banco Central (BC) divulgou essa semana quais serão as taxas cobradas das instituições financeiras pela utilização do sistema brasileiro de transferências instantâneas, o PIX. Ao contrário do que chegou a ser divulgado, haverá uma pequena taxa a ser cobrada das instituições financeiras parceiras da nova modalidade. De acordo com o comunicado, os bancos, instituições financeiras e fintechs que utilizarem o PIX terão que desembolsar R$ 0,01 a cada dez transações de transferência.
Dessa forma, o PIX se confirma, definitivamente, como uma opção de transferência mais acessível que o DOC e o TED. Vale lembrar que, embora o BC cobre apenas um centavo das instituições a cada 10 transferências, as empresas que utilizarem o sistema serão livres para decidir o quanto cobrarão de tarifa nas transferências realizadas pelos clientes.
As empresas podem optar por cobrar um valor maior, repassar o valor cobrado pelo Banco Central ou ainda subsidiar o custo das transferências e, com isso, oferecer transferências gratuitas e, possivelmente, ilimitadas.
Custo será pelo lote de transferências e não pelo valor
O custo de um centavo para enviar dez transações pelo PIX leva em consideração apenas a quantidade de transferência, ou seja, é possível fazer dez transferências por um centavo, independentemente do valor enviado! Vale destacar que o custo da transferência não poderá ser proporcional ao valor enviado pelo consumidor.
Além do PIX, Open Banking também promete revolucionar o sistema financeiro nacional. A tendência é que muitas instituições optem por subsidiar o custo das transferências e, com isso, passem a oferecer transferências gratuitas e ilimitadas pelo sistema de pagamentos instantâneos. Vale lembrar que as transferências via DOC e TED já apresentam um custo de envio para as instituições financeiras, apesar disso, mesmo assim, muitos bancos digitais e fintechs optem por subsidiar esse custo para os correntistas.
A expectativa é de que o PIX seja lançado no Brasil no dia 5 de Outubro deste ano, um mês antes do que a previsão anterior.
Como o PIX muda minha vida?
Após o Banco Central (BC) antecipar o lançamento de sua nova plataforma de pagamentos instantâneos para 5 de outubro, a pergunta que fica é: como irá funcionar este sistema? Qual será o impacto na minha vida e em meu bolso? O Unum explica, na sequência.
O objetivo do PIX é que os mais diversos pagamentos passem a ser tão fáceis, simples, intuitivos e rápidos quanto realizar um pagamento com dinheiro em espécie.
Afinal, o que é o PIX?
O PIX é um meio de pagamento que envia e recebe dinheiro em questão de segundos, 24 horas por dia, em todos os dias do ano. Ou seja, aquela transferência feita no final de semana poderá agora ser completada fora do horário comercial do banco, de forma mais rápida, barata e segura.
Isso é possível porque na plataforma as transferências irão ocorrer diretamente da conta do usuário pagador para a conta do usuário que recebe o valor, sem a necessidade de intermediários.
A rapidez acontece também por conta de uma simplificação nas informações necessárias, que as tornam mais convenientes. Atualmente, uma transferência eletrônica de dinheiro demanda que o usuário passe várias informações para quem vai receber o valor.
Como vai funcionar o sistema de pagamentos instantâneos?
Para usar o PIX, os pagadores poderão iniciar a operação por pelo menos três formas diferentes:
- Utilização de chaves ou apelidos para a identificação da conta transacional, como o número do telefone celular, o CPF, o CNPJ; endereço de e-mail; ou EVP (número aleatório gerado pelo sistema, para quem não quiser dar um dos dados acima);
- QR Code estático, usado em múltiplas operações; ou dinâmico, utilizado em apenas uma operação;
- Em 2021, também será possível realizar operações com QR Code próprio e tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação, como a NFC. Em 2022, está na agenda do BC oferecer requisição de pagamento e débito automático. Por fim, em 2023, os pagamentos poderão ser feitos também com a apresentação de documento.
Todas as opções serão oferecidas pelos canais das instituições financeiras cadastradas no PIX. A instituição pode escolher oferecer a funcionalidade no internet banking, agências, apps no celular e até em lotéricas. O PIX dispensa o uso de cartões de débito, folhas de cheque, cédulas e maquininhas. A plataforma, contudo, não substituirá cartões de crédito, cuja operação não será modificada ou incluída no sistema.
Quais pagamentos estão incluídos na plataforma?
O PIX pode incluir pagamentos de qualquer tipo e valor. São transferências entre pessoas físicas e empresas; além de pagamentos de bens em serviços em estabelecimentos comerciais e no comércio eletrônico em geral.