6 Dicas que Vão Ajudar Seu Negócio a Passar Pela Crise

Microempreendedores e pequenas e médias empresas estão tendo que se adaptar para manter o negócio funcionando.

6 Dicas que Vão Ajudar Seu Negócio a Passar Pela Crise

A pandemia do coronavírus traz o desafio de pensarmos na saúde, evidentemente, mas também no desafio de manter e alavancar negócios. Pensando especificamente na questão da economia, o Unum preparou uma lista sobre o assunto.

Neste contexto e com a possibilidade de uma segunda onda do patógeno, as empresas – principalmente as pequenas e médias -, precisaram se reinventar para manter aberto seus negócios de forma minimamente saudável, se comparados ao fluxo de outrora. 

“Para os empreendedores sobreviverem ao momento atual é fundamental criar novos canais de venda para que continuem faturando e, também, reduzam custos”, comenta Lina Maria Useche Jaramillo Kempf.

Ela, que é diretora executiva e cofundadora da Aliança Empreendedora, que capacita e apoia gratuitamente microempreendedores formais e informais em comunidades e periferias do Brasil, deu seis dicas para a sobrevivência neste período. Veja: 

1. Entender os Custos do Negócio

Saber o custo dos produtos ou serviços é o primeiro passo, comenta Luci Vieira, coordenadora de projetos da Aliança Empreendedora.

“Antes de querer cortar despesas e saber o que pode ser ajustado é fundamental saber e entender o estoque dos produtos e o fluxo do caixa do negócio. Em tempos de crise saber qual é ponto de equilíbrio e buscar meio de chegar nele pode auxiliar”.

Para isso, é fundamental fazer planilhas de registro de vendas, despesas, estoque, a receber e a pagar. 

2. Ajuste na Produção e Modelo de Negócio

Ajustar a produção e adaptar o seu modelo de negócio.

É preciso ter novas metas, ações claras e enérgicas.

Além disso, vale a pena ter acompanhamento de indicadores como fluxo de caixa – para se adaptar ao mercado pode ajudar a superar momentos de crise.

3. Revisar Contratos com Fornecedores

Ao ajustar a produção o empreendedor pode identificar quais os contratos de fornecedores que podem ser revisados, evitando com que o cumprimento do contrato acabe prejudicando o negócio.

Por exemplo, durante os últimos nove meses algumas cidades fecharam o comércio por um período. Neste cenário muitos contratos de aluguel e condomínio em prédios, lojas e shoppings foram renegociados.

Negociar com os fornecedores também pode ser uma alternativa. “Para uma negociação bem-sucedida, é importante ter em mente que o objetivo deve ser sempre encontrar o melhor cenário para você e o seu fornecedor. Evite entrar em um clima de disputa com ele, pois isso afeta a relação entre vocês e compromete o resultado final”, comenta Luci. A coordenadora também ressalta que é fundamental fazer um bom planejamento e fazer pesquisa de mercado.

4. Investir em Vendas Online, Delivery e Vendas Antecipadas

Investir em presença digital dos negócios, oferecendo vendas online e entregas em domicílio, é uma alternativa para ficar próximo dos clientes e até mesmo conquistar um novo mercado.  Muitas plataformas oferecem espaços como o Marketplace.

As vendas antecipadas também são uma opção. Ofereça para os seus clientes fidelizados, por exemplo, um desconto para um serviço que você vai entregar após o período que exige mais cuidados com a pandemia.

“Tanta antecipar a venda com desconto, se você fechar uma manicure você ganha uma pedicure”, exemplifica Vieira.

5. Linhas de Créditos Especiais Para Microempreendedores

A busca por crédito nem sempre é uma tarefa fácil para os pequenos negócios, ainda mais em períodos como o atual, quando a procura aumenta.

“Na hora de pegar um empréstimo é importante considerar os tipos, taxas, juros, requisitos, parcela, prazo, etc. O ideal é pegarmos empréstimo para coisas que vão nos dar um retorno. Assim vamos conseguir gerar o dinheiro necessário para pagar o empréstimo”, afirma Vieira.

É possível conseguir empréstimo em programas governamentais, agências de fomentos, organizações sem fins lucrativos, bancos, instituições de microcrédito, fintechs, cooperativa de crédito e até mesmo o cartão de crédito.

Algumas destas instituições pode ter linhas de crédito específicas como porte da empresa, gênero e raça.

6. Buscar Capacitação e Oportunidades Para Microempreendedores

A Aliança Empreendedora, organização que auxilia empreendedoras de comunidade, este ano já capacitou 16.500 pessoas e a projeção é capacitar mais de 30 mil, número quase 100% superior ao registrado no ano passado. 

Um reflexo disso é a plataforma TamoJunto.org.br, que é projeto da instituição, e teve 46 mil novos acessos de março até outubro.

Lina explica que com a crise provocada pela pandemia, muitas pessoas buscaram novas alternativas de renda e muitos negócios tiveram que se adaptar.

“Estimamos que 26% dos microempreendedores ainda estão na informalidade, estão desconectados do ecossistema que pode apoiá-los. E é aí que nosso trabalho entra, apoiando esses microempreendedores a se empoderarem e se reconhecerem como tal, para assim se conectarem com as oportunidades que existem para eles”, afirma.

Atualmente a iniciativa, em parceria com o Facebook, está capacitando mulheres empreendedoras, por meio do programa Ela Faz História.

O curso gratuito, que é composto por videoaulas interativas, aborda Educação Financeira e busca fomentar a participação das mulheres na economia digital. A inscrição pode ser feita na plataforma Tamo Junto, acessando este link.

Os módulos do programa incluem temas como metas financeiras, precificação, plano de negócios, planejamento financeiro, estratégias de negócios, tecnologia aplicada a finanças.

Como parte do conteúdo, haverá um componente com informações sobre fontes de microcrédito para microempreendedoras do Brasil, a fim de facilitar o acesso ao crédito.

As empreendedoras também terão acesso a mais dois cursos: um curso sobre como usar as redes sociais e as mídias digitais para impulsionar seus negócios.

O  outro tem foco em formalização, incluindo os conceitos para obtenção de CNPJ, emissão de nota fiscal, custos e taxas, além de orientação para que as mulheres avaliem quando é necessário buscar ofertas de crédito do mercado e como obtê-las.

Sobre a Aliança Empreendedora

Desde 2005, a Aliança Empreendedora sabe que todas e todos os brasileiros podem empreender por meio de relações justas, e acredita no empreendedorismo como forma de transformar o Brasil.

Para isso, capacita e apoia gratuitamente microempreendedores formais e informais em comunidades, periferias e regiões do interior de todo o país.

Está presente em todos os Estados brasileiros e já concretizou 271 projetos, treinou 134 organizações e apoiou mais de 100 mil empreendedores. Para mais informações, acesse aqui.