UNUM Histórias: Quando e Como Surgiram os Empréstimos

Veja as curiosidades sobre como surgiu o empréstimo bancário e como ele se desenvolveu ao longo dos anos pelo mundo

UNUM Histórias: Quando e Como Surgiram os Empréstimos

Empréstimos, juros, taxas, negociações. Tudo isso é muito comum na vida de todos nós hoje em dia, não é mesmo? Você já parou para refletir quando surgiu essa história de empréstimos? Como era praticado há muitos anos, nas negociações entre pessoas, comerciantes, empresas, enfim?

O empréstimo já teve várias formas e funções e, graças a ele, diversos avanços na história humana foram possíveis. Afinal, de fato, como surgiu o empréstimo?

Continue com agente! Na sequência, o Unum te mostra um histórico dessas negociações pelo mundo e aqui pelo Brasil. Vamos juntos?

Como surgiu o empréstimo no mundo?

Quando a gente pensa em empréstimos, logo em seguida vêm à mente juros, burocracia, e papeladas intermináveis, certo? A gente se acostumou a ver isso em tantos lugares que pensamos que isso é o normal, mas o interessante é que nem sempre foi assim.

Para entender isso, vamos voltar no tempo, para em torno de 4.000 a.C. (antes da era comum ou antes de Cristo), quando os povos mesopotâmicos deixaram em seus registros de tabletes de argila ou materiais similares, diversos momentos da vida deles, como cultura, religião, política. Algo que vemos aqui também são descrições sobre empréstimos; agora imagina só a dificuldade que devia ser achar os dados, saber quem emprestou o que, pra quem?

A Mesopotâmia é uma região no Oriente Médio banhada por dois grandes rios, o Tigre e o Eufrates, e essa presença vai ser essencial para o desenvolvimento da região, afinal com rios pode se desenvolver agricultura, as pessoas podem se fixar no território, formar as primeiras cidades, que no futuro serão os primeiros reinos e impérios locais. Outra coisa que vai se desenvolver nessa região, como consequência de toda essa evolução humana, é a escrita, que naquela época era feito por meio de traços ou cunhas, e com elas sabemos mais sobre como esses povos viviam.

O empréstimo nesse período era algo bem simples, basicamente quem tinha bens excedentes poderiam emprestá-los e receber algo em troca, que poderia ser juros ou bens materiais, além de textos jurídicos da época, como o Código de Hamurabi, que delimitava algumas regras sobre o processo, como, por exemplo, qual a taxa de juros poderia ser cobrada em cada tipo de transação. Quando um contrato era encerrado, era necessário haver testemunhas para presenciar e confirmar o fato.

Avançando um pouco mais no tempo, vamos para as ilhas gregas, por volta de 400 a.C. Por lá, veremos algumas novas variações de tipos de empréstimos, uma delas sendo, por exemplo, uma exigência de algum bem como garantia para a transação, ou seja, quem emprestava os valores, exigia um bem material como propriedade, ou outros itens de valor como garantia, para assim terem certeza de que, de algum modo, receberiam o pagamento.

Viajando um pouco mais a frente, para 321 a.C., vemos na Índia, um dos primeiros locais onde aparecem registros de uma casa de câmbio voltada para empréstimos, onde títulos eram registrados e trocados, mostrando um avanço em como essa estrutura vai se desenvolvendo e suprindo necessidades regionais. Naquela época, você precisava se deslocar até um local, para negociar o que precisasse. imagina como deveriam ser as filas naquela época? Pelo menos não tinha porta giratória, não é verdade?

Empréstimo na Idade Média

Damos mais um salto no tempo e partimos para a Idade Média. Neste período, há, digamos, uma evolução no conceito de empréstimo, cobrança de juros abusivos e suas consequências.

Quando falamos sobre o processo de formação da burguesia, ainda na Idade Média, muitos se tomam pela formação da classe burguesa que se destaca a partir da Revolução Industrial. Nesse sentido, acabamos por notar o desenvolvimento de uma confusão que simplesmente liga a burguesia medieval aos conceitos, pressupostos e valores morais que definem a burguesia contemporânea.

Em poucos termos, muitos acreditam que, já na Idade Média, a burguesia tentava de toda forma enriquecer ao ampliar as faixas de lucro ligadas à sua atividade econômica. Mesmo sendo empreendedora e ambiciosa, não cabe a nós dizer que os burgueses sentem, pensam e agem de uma mesma forma por séculos a fio. Nesse sentido, podemos ver a existência de características que podem marcar uma profunda diferença entre os burgueses da Baixa Idade Média e dos outros tempos históricos.

Nos primeiros séculos de seu aparecimento, os comerciantes ainda eram tomados por preceitos comerciais bastante ligados aos valores cristãos. Sob tamanha influência, vemos que muitas corporações de ofício combatiam a obtenção de lucros abusivos com a estipulação do chamado “justo preço”. Em resumo, esse tipo de preço consistia na soma da matéria-prima e da mão de obra empregada na obtenção da mercadoria.

Primeiramente, podemos ver que tal prática foi um verdadeiro entrave para que o acúmulo de capital acontecesse rapidamente entre a burguesia europeia. Contudo, a elevação dos índices populacionais acabou provocando a dinamização da economia europeia, que marca a transição entre o feudalismo e o capitalismo. Ou seja, mesmo com lucros reduzidos, vemos que a burguesia feudal prosperou e galgou espaços sociais e políticos cada vez mais importantes.

Em paralelo aos valores morais e religiosos do justo preço, podemos ver que a Igreja também interferiu no desenvolvimento das atividades financeiras. Em muitos casos, burgueses e artesãos pegavam dinheiro emprestado para que tivessem meios para atender suas demandas produtivas. Em diversas ocasiões, o credor recebia uma bonificação extra que consistia no pagamento de juros proporcionais ao valor e ao tempo de empréstimo.

Tal costume, conhecido pelo nome de usura, foi veementemente condenado pelos clérigos católicos. Para este grupo, a prática da usura era uma atividade desonesta, pois o credor obtinha ganho sem trabalho e lucrava com o passar do tempo. Aos olhos da Igreja, o tempo não poderia ser utilizado com finalidades particulares, pois ele só poderia ser manuseado por Deus. Mais uma vez, os preceitos morais e religiosos limitaram o desenrolar do comércio na Idade Média.

Apesar da resistência, o crescimento do comércio clamava cada vez mais pelo empréstimo de grandes quantidades em dinheiro. Sendo assim, a Igreja passou a liberar a prática da usura em situações em que o credor se arriscava perdendo total ou parte do empréstimo. Nesse contexto, o devedor poderia justificar o não pagamento da usura ao comprovar que não conseguiu vender toda a riqueza gerada pela quantia emprestada.

Criação das primeiras bolsas de valores na Europa

O surgimento das primeiras bolsas de valores ocorreu por volta de 1600 em Amsterdã, na Holanda. Por lá, diversos negócios e empresas captavam dinheiro, através da venda de ações. Durante os séculos seguintes, essas bolsas não vão apenas alavancar empresas, mas também governos, que veem nas primeiras um modo de captar dinheiro para realizar ações.

O que mudou com as bolsas é que qualquer pessoa poderia comprar parte de uma empresa (uma ação) e no futuro poderia receber rendimento dos lucros dela. Além disso, você, como dono dos títulos, pode, por exemplo, vender seus papéis e até mesmo obter lucro nesse processo.

Falando no dinheiro, vimos tipos diferentes de empréstimos que se adaptaram às necessidades de cada época. No século XX é a vez do dinheiro em si mudar, abandonou-se o padrão de equivalência ao ouro, ou seja, todo país precisaria ter nos cofres oficiais em ouro o que tinha em dinheiro circulando pelas ruas, pois nessa época o papel moeda podia ser trocado por ouro nos bancos.

A partir de então, a moeda passa a valer o que os governos, e o mercado determinam. E não será apenas por essa mudança que o dinheiro irá passar, décadas a frente, vamos aos poucos deixando de usar o dinheiro como algo físico, e ele se torna bits e dados, isso sendo bem exemplificado pela criação do primeiro cartão de crédito nos EUA em 1968.

O cartão de crédito hoje é algo presente na vida de várias pessoas, mudando drasticamente como vemos e lidamos com o dinheiro, e facilitando o processo de compras. O cartão de crédito é de certa forma um tipo de empréstimo, com a diferença de que o pagamento dele ocorre num prazo mais curto. Ele traz várias vantagens para o consumidor, por ser uma opção de crédito aceita em diversos comércios e tem segurança no processo de compra, além de dinamizar a economia.

Surgimento do crédito no Brasil

Com a criação do Banco Central do Brasil e do Conselho Monetário Nacional em 1964, além da regulamentação do Sistema Financeiro Nacional, foi aberta uma nova fase nas operações de crédito no Brasil. A partir de 1967 houve uma intensificação de financiamentos tanto na produção como no consumo. Pessoas começaram a ter acesso ao crédito e não apenas empresas. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) passaria a ser um hábito cada vez maior em nosso país.

Basicamente, o CDC é utilizado para a aquisição de bens e serviços. Com o crédito obtido o consumidor utilizará o bem imediatamente, assumindo um compromisso de pagamento em parcelas futuras. Uma taxa de juro, em conjunto com impostos sobre operações financeiras, é embutida no crédito, sendo estes os principais encargos do consumidor.

Os bens normalmente financiados são veículos, equipamentos profissionais, materiais de construção, vestuário, eletrônicos, eletrodomésticos, além de outros bens não perecíveis. Serviços como manutenção, por exemplo, também podem ser adquiridos.

O consumidor interessado no crédito deve se dirigir a bancos, financeiras ou lojas que forneçam esta opção de aquisição. Deve ter mais de 18 anos ou ser emancipado, possuir conta corrente bancária ou poupança e, principalmente, ter condições para pagar as parcelas acertadas futuras. O prazo do financiamento pode ser muito variável, indo de 3 até 60 meses.

Este prazo está totalmente ligado ao tipo de bem envolvido, seu valor e a capacidade de pagamento do comprador. Os pagamentos, no Brasil, são quase sempre mensais. Note-se que o Cartão de Crédito também pode conceder o CDC.

A garantia do pagamento quase sempre está no próprio bem adquirido. Porém, um avalista pode ser exigido pela financiadora.

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2 Comentários
Sara Menezes
seta para esquerdaem resposta à Elzeni gomes dos santos

Tudo bem, Elzeni?
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