A ceia de natal em 2020 vai pesar no bolso do brasileiro.
O alerta das autoridades de saúde é que as famílias evitem aglomerações por causa da pandemia do novo coronavírus.
Todavia, mesmo que a ceia seja restrita aos membros apenas de sua residência, evitando as grandes reuniões familiares a que estamos acostumados, os itens tradicionais estão sendo impactados diretamente pelas constantes altas dos preços de alimentos.
Em novembro, a inflação oficial, de acordo com IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), bateu recorde e foi a maior para o período nos últimos cinco anos.
A taxa ficou em 0,89% e teve como principal motivador a alta em itens como alimentos e bebidas.
O Que Está Mais Caro na Ceia de Natal?
Dezesseis itens tradicionais na ceia de natal tiveram um aumento médio de 15%, segundo recente levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE).
Isso equivale a mais de três vezes a inflação acumulada no período. Uma das altas mais consideráveis é do pernil de porco, com um elevação de 31%.
O arroz, que segue em sua marcha de alta em 2020, registrou um aumento de 62%.
A explicação para esse crescimento nos preços passa também pela desvalorização do real frente ao dólar, o que impulsiona a exportação, não o consumo interno.
Além do pernil, o lombo suíno teve um aumento de 20,14% nos últimos 12 meses.
Por Que o Arroz Está Mais Caro?
Um pacote de arroz de 5Kg chegou a custar R$ 30 em 2020.
O alto preço do item é justificado, além da alta do dólar, pela falta do produto no mercado interno, já que houve uma diminuição da área plantada.
O Preço Das Aves Também Subiu Para o Natal?
Sim. A Fundação Getúlio Vargas destaca no levantamento que o preço do frango inteiro, e que inclui também o peru, teve alta de 14,51%. O reflexo chega às aves, com aumento similar: 14,21%.
Veja abaixo a lista dos aumentos registrados em itens comuns na ceia de natal do brasileiro:
Bacalhau – aumento de 10% puxado pela alta do preço do dólar
Batata inglesa: 10,67%
Frutas: 14,99%
Bolo pronto: 3,53%
Azeite: 9,72%
Azeitona em conserva: 13,29%
Refrigerantes e água mineral: 3,73%
Sucos de fruta: 3,37%
Vinho: 3,94%
Quais Itens da Ceia de Natal Registraram Queda?
Refrescos de fruta em pó – queda de apenas 0,12%
Cebola – queda de 15,7%
Quais São as Dicas Para Driblar a Inflação na Ceia de Natal?
Dica número 1
O brasileiro é criativo por natureza. Portanto, mesmo que possa parecer, em um primeiro momento, anormal, inclua um prato novo em sua ceia de natal. De preferência, algo mais saudável e que demande um investimento bem menor na hora da compra no supermercado ou sacolão.
Dica número 2
Se tiver algum convidado, opte pelo prato compartilhado. Cada um levando algum quitute, assado ou guarnição, por exemplo, sempre é uma excelente maneira de reduzir os gastos e proporcionar uma bela ceia de natal com custos divididos.
Dica número 3
Divida os custos. Mais uma vez, caso você possua algum convidado e não exista a opção de um prato compartilhado.
Faça com que ele também se sinta parte importante da realização do natal dividindo os custos totais que você teve com a compra de todas as iguarias para a realização da ceia.
Sabemos que muitos brasileiros sempre gostam de passar por bons anfitriões e têm uma grande disposição de oferecerem o melhor nestes períodos do ano, mas não estoure seu orçamento por capricho. Divida, sim, a responsabilidade entre todos.
Dica número 4
Não deixe para comprar nada na última hora. Além dos preços ficarem bem mais elevados, corre-se o risco ainda de não achar produtos mais em conta ou de marcas alternativas, o que fará sua ceia de natal ainda mais cara e vai afetar diretamente na definição de cardápio.
Dica número 5
Reduza o desperdício. O ano de 2020 foi marcado por inúmeras perdas para grande parte da população. Não vacile também no desperdício de alimentos. Relembre como foram suas últimas ceias de natal e elimine alimentos ou pratos que sempre ficaram esquecidos.