Dataprev Pode ser o Ativo Mais Valioso da Privatização

Dataprev Pode ser o Ativo Mais Valioso da Privatização

A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) pode ser o ativo mais valioso da privatização promovida pelas mudanças do Governo Bolsonaro. O que faz essa empresa ser apropriada para a privatização é que ela é responsável por armazenar os dados de mais de 35 milhões de beneficiários do INSS e informações sobre impostos.

Além disso, ela mantém diversos contratos com ministérios e órgãos públicos para prestação de serviços de tecnologia.
Por isso, grandes empresas de tecnologia estão de olho no desandar dessa história, supõe-se que empresas como IBM, Accenture e PwC fazem parte desse grupo.

Como Fica A Segurança De Dados Com A Privatização?

Um ponto chave na discussão da privatização da Dataprev é a segurança de dados, já que ela presta serviços de tecnologia para ministérios e órgãos públicos, além das informações sobre milhões de brasileiros.

“Enquanto o petróleo é um recurso finito, dados são infinitamente reutilizáveis. Uma vez tratados, são extremamente valiosos e oferecem inúmeras possibilidades para quem os detiver,” aponta Dirceu Santa Rosa, advogado especializado em direito digital, do escritório Montaury Pimenta, Machado & Vieira de Mello.
Alguns argumentam que mesmo como uma empresa pública, a vulnerabilidade de dados já existe, inclusive o Instituto

Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) quer que a Dataprev suspenda licitações até que sejam resolvidos problemas de vazamento de dados do INSS pois informações de aposentados têm sido utilizadas para fins fraudulentos e oferta de crédito consignado. Até agora, tanto o Dataprev como o INSS afirmam não terem chegado a soluções para o problema.
No entanto, mesmo com a polêmica, a Dataprev respondeu que tem como pilar principal a segurança dos dados e inclusive usa “as melhores soluções de cibersegurança disponíveis no mercado, bem como profissionais capacitados e processos de governança estabelecidos”.

Mais Empresas Serão Privatizadas

O ministro da economia Paulo Guedes, elogiou a fusão entre Embraer e Boeing e, segundo ele, o ideal seria fazer duas ou três fusões como estas no Brasil.
Além disso, declarou que o plano para o próximo ano é de privatizar 17 empresas estatais, chegando a arrecadar US$ 20 bilhões com este ato. A ação será um alívio para as contas estatais, visto que Jair Bolsonaro alertou sobre fim do dinheiro em 2019.

“Nós vamos acelerar as privatizações. Amanhã saem as 17 empresas, e ano que vem tem mais. E nós achamos que vamos surpreender. Tem gente grande aí que acha que não vai ser privatizado, mas vai entrar na faca”, afirmou.
Segundo Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, a privatização da Petrobras também está sendo estudada.

Confira quais serão as empresas anunciadas para privatização pelo governo Bolsonaro:

  • Emgea (Empresa Gestora de Ativos);
  • ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias);
  • Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados);
  • Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social);
  • Casa da Moeda;
  • Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo);
  • Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais);
  • CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos);
  • Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.);
  • Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo);
  • EBC (Empresa Brasil de Comunicação);
  • Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada);
  • Telebras
  • Correios
  • Eletrobras
  • Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva);
  • Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).
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