COVID-19 Provoca Venda de Fintechs: Parceria ou Falência

Muitas novas empresas e tecnologias inovadoras foram desenvolvidas na última década, mas com o COVID-19, elas se encontram em risco

COVID-19 Provoca Venda de Fintechs: Parceria ou Falência

A palavra fintech é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira). Se refere a startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor.

Aberta em 2014 e conhecida por fazer empréstimos para pequenas empresas on-line nos Estados Unidos, a On Deck Capital é uma fintech que tinha um futuro promissor. Mas, no final de 2019, antes mesmo de aparecer o COVID-19, houve redução do seu valor de mercado nas ações de mais de $1,6 bilhões de dólares e, enquanto isso, os concorrentes estavam em alta.

A pandemia não poderia ter vindo em uma fase pior. No primeiro trimestre de 2020, a On Deck perdeu cerca $59 milhões de dólares, principalmente porque muitas empresas não estão conseguindo quitar as parcelas dos empréstimos por causa do COVID-19.

Como a crise afetou as Fintechs

Foi preciso aumentar os investimentos para evitar uma crise, aumentar as reservas, reduzir a carga horária dos funcionários e, acredita-se, que a empresa Evercore vai comprá-la por preço de banana.

A On Deck Capital é apenas uma das muitas startups financeiras dentro desse barco que está afundando. Em Janeiro a Visa comprou uma plataforma digital, capaz de conectar as contas bancárias aos aplicativos.

Muitas outras fintechs estão se fundindo para conseguir sobreviver durante a pandemia. Grandes empresas como Mastercard, Visa e PayPal estarão em modo de ataque, enquanto empresas que ainda não estão desesperadas, mas estão com baixo desempenho nesta nova economia, serão compradas a preços mais baixos do que valeriam se fosse outra situação.

As empresas de empréstimo on-line são as mais vulneráveis à esse tipo de fusão. Sem os benefícios de seus próprios depósitos, como os bancos tradicionais, os credores on-line tiveram que confiar em estratégias que, além de caras, podem ser incertas.

Bancos Digitais também não escaparam

Os bancos digitais estão se saindo melhor que os credores puros, mas o desemprego e a incerteza terão um grande impacto, já que os clientes estão atrasando os pagamentos de empréstimos pessoais.

Os robôs advisors também podem se encontrar à venda. As pessoas se interessaram muito por essa ferramenta, que é capaz de realizar um serviço de planejamento de investimentos automatizado, ou seja, sem intervenção humana. Mas o serviço por si só não foi sustentável.

Solução pode ser lançamento de novos produtos

Eles começaram a diversificar, lançando cartões de débito no ano passado e competindo com as taxas nas contas de poupança. Agora que algumas empresas reduziram as taxas de juros a zero, esses pontos de diferenciação foram diluídos.

O COVID-19 pode definir o fim ou a venda definitiva de muitas fintechs. Agora é a hora dos bancos titulares aproveitarem a oportunidade de iniciar startups com tecnologias inovadoras.

“Se houvesse tempo para fazer uma mudança em uma fusão ou aquisição, seria esse o momento. Nunca desperdice uma boa crise.” (Nigel Morris, co-fundador da Capital One e sócio-gerente da empresa de capital de risco QED).

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