Brasil e Argentina Com Moeda Única

Brasil e Argentina Com Moeda Única

Hola, que tal? Pra você que ainda não sabe, essa idéia do Brasil e Argentina terem moeda única realmente passou pela cabeça do nosso atual presidente Jair Bolsonaro e também do presidente parceiro Mauricio Macri. Em visita a Buenos Aires, na Argentina, Bolsonaro falou sobre a criação da moeda conjunta que passaria a se chamar Peso Real.

Ainda não tem nada confirmado, mas como disse o nosso presidente: “Houve um primeiro passo para o sonho de uma moeda única. Como aconteceu com o euro lá atrás, pode acontecer o Peso Real aqui”, disse Jair Bolsonaro aos jornalistas, em Buenos Aires.

Se a idéia é boa ou ruim, cabe aos presidentes e economistas, mas de acordo com algumas entrevistas e burburinhos na economia já conseguimos ter uma prévia do que pode estar por vir.

Riscos a vista

Alguns economistas foram consultados pela BBC News Brasil e tiveram uma postura cética quanto a idéia do Peso Real e não esconderam a opinião de que a nova moeda é inviável, principalmente por conta das diferenças econômicas entre os países. Lembraram também que a inflação da Argentina chegou a 47% em 2018 enquanto o Brasil segurou as pontas no 3,75%.
O risco dessa inflação Argentina contagiar o Brasil com a união da moeda é grande e pode trazer muitos outros problemas juntos com esse.

Vantagens do Peso Real

Claro que além dos riscos, existem vantagens por cima disso. E com certeza foi isso que fez o assunto vir à tona na conversa dos presidentes. Segundo a doutora em macroeconomia pela Universidade de São Paulo (USP) Juliana Inhasz, existe o benefício da ampliação do mercado disponível para os produtos brasileiros. “Em 2018, a única coisa que salvou a economia brasileira de um grande fiasco foram as exportações. Então, criar uma moeda comum seria interessante para colocar os nossos produtos lá. Seria uma forma de tentar impulsionar a economia brasileira”, diz ela.

Carlos Góes também trouxe as vantagens que enxerga nessa história: custo mais baixo para compra e venda na Argentina e baixo risco com o câmbio.

Um exemplo é se um empresário do Brasil deseja fazer negócios com os argentinos, ele sempre corre o risco de perder dinheiro com mudanças bruscas no câmbio. Com uma moeda única, esse risco cambial pode diminuir.

Desvantagens

Juliana Inhasz também traz desvantagens para essa união monetária e diz “Se essa união monetária acontecesse amanhã, o principal risco, sem dúvida, é de termos uma exportação da inflação argentina para o Brasil. A moeda deles também é muito mais desvalorizada frente ao dólar que a nossa. Então, o poder de compra da nova moeda também iria cair, frente ao real”.

O real hoje tem um valor reconhecido que custou a ter uma estabilidade. Essa mudança pode atrapalhar bastante o que já foi conquistado e estremecer o mercado da importação.

A economista também, cita em sua entrevista que essa mudança, se realmente for acontecer, só será efetivada em no mínimo 20 anos. Temos bastante tempo ainda para tirar nossas conclusões e acostumar com a nova idéia.

E você, o que acha dessa união? Compartilhe as idéias com seus amigos e Hasta La Vista!