Bancos Irão Prorrogar Data Para Pagamentos de Dívidas em Até 60 Dias

Medida foi adotada para minimizar os efeitos do coronavírus na economia brasileira, em que muitas empresas estão com os serviços parados e economia não está girando

Bancos poderão prorrogar vencimento de dívidas a pessoa física e micro e pequenas empresas

Antes de chegar ao Brasil e infectar a população, o coronavírus trazia preocupações referentes às aplicações na Bolsa de Valores e outros tipos de investimentos. Com o passar do tempo e do avanço do vírus, além de atentar-se com a saúde, o brasileiro se viu obrigado a ter mais cuidado com a economia do dia-a-dia. 

Isso acontece porque, uma das principais medidas para que o coronavírus não se alastre ainda mais, é que as pessoas passem a ficar em suas casas, num período de quarentena e esse ato tem uma consequência direta na economia. Muitas empresas estão fechando suas portas, evitando aglomerações e com isso, os funcionários não estão trabalhando. 

A situação se complica ainda mais para os pequenos empresários, autônomos e para aqueles que estão na informalidade. Se parar de trabalhar, fica sem receber. Como fazer nesses casos? 

Justamente por esse motivo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou na última segunda feira, que os seus principais bancos associados irão acatar solicitações de prorrogação para o pagamento de vencimento de dívidas por até 60 dias. Essa medida irá auxiliar pessoas físicas e micro e pequenas empresas a não ficarem inadimplentes neste período de crise causada pela pandemia.

Os bancos que irão adotar a solicitação são Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander. Para que o correntista tenha acesso ao adiamento, é necessário ir até a agência e explicar os motivos que fizeram o coronavírus atrapalhar suas finanças, deixando-o impossibilitado de acertar suas contas até a data de vencimento. Os bancos irão analisar a situação de cada pessoa antes de conceder ou não a prorrogação. 

“A Febraban e seus bancos associados, sensíveis ao momento de preocupação dos brasileiros com a doença provocada pelo novo coronavírus, vêm discutindo propostas para amenizar os efeitos negativos dessa pandemia no emprego e na renda. Entendem que se trata de um choque profundo, mas de natureza essencialmente transitória”, afirmou a Febraban em comunicado, segundo a Reuters.

Além disso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) também aprovou na última segunda feira, medidas que irão facilitar a renegociação de dívidas, já que a inadimplência pode ser um dos desdobramentos econômicos da crise causada pela pandemia. Sendo assim, a decisão permite que os bancos facilitem o acordo de renegociação de dívidas, tanto de pessoas físicas, quanto jurídicas, para que o capital não saia de circulação no mercado, aumentando o poder de consumo e reaquecendo a economia.