O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, anunciou que a instituição projeta uma inflação de 5% para o ano de 2023. Essa projeção está acima da meta estabelecida pelo governo, que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Portanto, caso essa projeção se confirme, a inflação estará também acima do limite superior da banda estabelecida (4,75%).
Causas da projeção acima da meta:
- Campos Neto destacou que a inflação em 2023 deverá permanecer acima da meta, principalmente devido à hipótese do retorno da tributação federal sobre combustíveis neste ano e aos efeitos inerciais da inflação de 2022.
- Ele ressaltou que esses efeitos serão parcialmente contrabalançados pela política monetária, embora não de forma integral, devido às diferenças temporais entre os impactos dos choques e os efeitos da política monetária.
Perspectivas para a condução da política monetária:
- O Comitê de Política Monetária (Copom) tem dado ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente para conduzir a taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano.
- Para o segundo trimestre de 2024, a projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em 3,3%.
- O Banco Central está tomando medidas para garantir que a inflação atinja as metas estabelecidas, mas permanecerá vigilante e ajustará a política monetária conforme necessário para assegurar a convergência da inflação às metas.
Conclusão:
- O Banco Central projeta uma inflação de 5% para 2023, acima da meta estabelecida pelo governo.
- O BC está monitorando de perto a situação e ajustará sua política monetária conforme necessário para garantir a convergência da inflação às metas estabelecidas.