Nas últimas semanas, o Unum te contou a história dos dois maiores bancos privados do país: Itaú Unibanco e Bradesco.
Dando sequência a nossa viagem pela trajetória dos gigantes que atuam por aqui, chegou a vez de destacarmos a terceira maior instituição financeira do Brasil e uma das maiores e mais antigas do mundo: o espanhol Banco Santander.
A história do Banco Santander iniciou-se em 15 de maio de 1857, na cidade costeira de Santander, situada no norte da Espanha, através do decreto da Rainha Isabel II, que autorizou a constituição do Banco Santander. A partir dos anos 50, o Banco Santander iniciou seu processo de expansão internacional. Em janeiro de 1999, foi anunciada a fusão entre o Banco Santander e o Banco Central Hispano-americano. Essa negociação causou forte impacto no cenário financeiro mundial e principalmente Europeu. No Brasil, o banco chegou, através de parcerias, em 1957.
Quer saber mais sobre a trajetória de uma das maiores forças do setor financeiro mundial e brasileiro? Continue por aqui! Na sequência, todos os detalhes do banco espanhol que, ao longo dos anos, se expandiu e conquistou o mundo! Acompanhe!
História do Santander pelo mundo
O Santander foi fundado em 1857 na província da Cantábria, na cidade de Santander, no Norte da Espanha. A instituição atua com foco no banco comercial, que representa a maior parte de suas receitas, e está em presente em dez mercados principais, na Europa e nas Américas.
Atualmente, o banco espanhol é o principal conglomerado financeiro na América Latina, onde tem posições de destaque no Brasil, México, Argentina e Chile. O propósito do Santander é “Contribuir para que as pessoas e os negócios prosperem”. A empresa deseja fazer isso de uma forma simples, pessoal e justa.
Modelo de negócio
O Grupo Santander possui um modelo de negócio voltado para o cliente, com alto nível de recorrência em seus resultados e receitas, apesar do difícil cenário econômico e financeiro dos últimos anos. Esse modelo é sustentado por seis pilares, sendo eles:
Enfoque comercial
O Santander oferece aos seus clientes ampla variedade de produtos e serviços financeiros por meio da maior rede de agências entre todos os bancos internacionais.
Disciplina no capital e solidez financeira
O Santander é um dos bancos mais sólidos e solventes do mundo. Além disso, mantém uma posição de liquidez confortável, baseada no financiamento por meio de depósitos dos clientes e emissões de títulos de dívidas a médio e longo prazo.
Prudência nos riscos
Os índices de inadimplência e de cobertura do Santander são melhores que a média do setor nas áreas geográficas onde o banco opera. Toda a organização está envolvida no gerenciamento do risco, desde as equipes das agências até a alta direção, incluindo o conselho administrativo. Seus princípios de gerenciamento são independência da função do risco, suporte aos negócios mantendo a qualidade do risco, decisões tomadas com base em comitês, uso de ferramentas e sistemas de última geração para medir e analisar o risco, e o envolvimento do conselho administrativo.
Diversificação geográfica
O Santander tem diversificação geográfica equilibrada entre os mercados desenvolvidos e emergentes. Sua presença concentra-se em doze países: Espanha, Portugal, Alemanha, Reino Unido, Brasil, Polônia, México, Chile, Argentina, Estados Unidos, Porto Rico e Uruguai, na maioria dos quais alcançou alta participação como banco de varejo.
Marca
A marca Santander é uma das mais valorizadas do setor financeiro, de acordo com consultorias especializadas, e representa os valores que tornam o grupo único: dinamismo, força, inovação, liderança, enfoque comercial e ética profissional.
Eficiência
O Santander possui uma das mais avançadas plataformas tecnológica e de operações entre os bancos internacionais, o que permite converter sinergias de custos em valor agregado para o cliente. É um dos bancos mais eficientes do mundo, com índice de eficiência de 41,7% (37,6% se excluídas as depreciações e amortizações).
História do Santander no Brasil
O Grupo Santander expandiu a sua presença em todo o mundo por meio de aquisições e obtenção de sinergias a partir de processos de integração de negócios bem sucedidos.
Em 1957, o Grupo Santander entrou no mercado brasileiro por meio de um acordo operacional com o Banco Intercontinental do Brasil S.A. A partir dos anos 90, o Grupo Santander buscou estabelecer forte presença na América Latina, particularmente no Brasil.
O Grupo Santander seguiu esta estratégia tanto por meio de crescimento orgânico, como por aquisições. Em 1997, o Grupo Santander adquiriu o Banco Geral do Comércio S.A., um banco de varejo de médio porte, que subsequentemente mudou seu nome para Banco Santander Brasil S.A.
No ano seguinte, o Grupo Santander adquiriu o Banco Noroeste S.A. para fortalecer ainda mais a sua posição como um banco de varejo no Brasil. Em 1999, o Banco Noroeste foi incorporado pelo Banco Santander Brasil.
Em janeiro de 2000, o Grupo Santander adquiriu o Banco Meridional S.A. (incluindo a subsidiária Banco Bozano, Simonsen S.A.), um banco atuante em serviços bancários de varejo e atacado, principalmente no sudeste do Brasil.
Crescimento da marca
Desde 1997, o Grupo Santander demonstrou de forma consistente a sua capacidade de realizar aquisições significativas no Brasil, integrar as instituições adquiridas em seus negócios existentes e melhorar o desempenho operacional de tais instituições.
Este foi o caso, em particular, da aquisição do Banespa, detido pelo Estado de São Paulo, em novembro de 2000. Por meio desta aquisição, o Grupo Santander passou a ser um dos maiores grupos financeiros do Brasil, com sólidas operações em serviços bancários de varejo e atacado, estrategicamente posicionado no sul e sudeste do País.
Após a aquisição, o Grupo Santander implementou uma modernização da tecnologia de informação no Banespa. Transcorrido um ano da aquisição, o índice de eficiência do Banespa havia melhorado significativamente.
Apesar de operar no Brasil por meio de diferentes pessoas jurídicas, o Grupo Santander Brasil tem sua administração e funções gerenciais centralizadas desde 2000.
Em 2006, o Grupo Santander Brasil, mediante aprovação de seus acionistas e do Banco Central, consolidou todas as suas participações em uma única pessoa jurídica – Banco Santander Banespa S.A., que posteriormente teve sua denominação alterada para Banco Santander (Brasil) S.A., simplificando, assim, a sua estrutura societária e fiscal, melhorando sua eficiência operacional e reduzindo os custos administrativos por meio da integração e do aprimoramento de diferentes plataformas de TI. Em 2007, o Grupo Santander implementou um programa de unificação de sua marca.
Compra do Banco Real
Em 1º de novembro de 2007, o RFS Holdings B.V., um consórcio composto pelo Santander Espanha, The Royal Bank of Scotland Group PLC, Fortis SA/NV e Fortis N.V., adquiriu 96,95% do capital do ABN AMRO, então controlador do Banco Real.
Na sequência, em 12 de dezembro de 2007, o CADE aprovou sem ressalvas a aquisição das pessoas jurídicas brasileiras do ABN AMRO pelo consórcio. No primeiro trimestre de 2008, o Fortis e Santander Espanha chegaram a um acordo por meio do qual o Santander Espanha adquiriu direito às atividades de administração de ativos do ABN AMRO no Brasil, que o Fortis havia adquirido como parte da compra pelo consórcio do ABN AMRO.
Em 24 de julho de 2008, o Santander Espanha assumiu o controle acionário indireto do Banco Real. Nas assembléias gerais de acionistas do Santander Brasil e do Banco Real realizadas em 29 de agosto de 2008, foi aprovada a incorporação pelo Banco Santander (Brasil) S.A. das ações de emissão do Banco Real, passando o Banco Real a ser uma subsidiária integral do Santander Brasil.
Naquele momento, o Banco Real era o quarto maior banco privado do Brasil em quantidade de ativos. Por fim, em 30 de abril de 2009, o Banco Real foi incorporado pelo Santander Brasil e foi extinto como pessoa jurídica independente. Como resultado dessa aquisição, o Santander Brasil tornou-se o terceiro maior banco privado do Brasil em termos de ativos.