O programa Desenrola, do governo federal, visa ajudar os brasileiros a renegociar suas dívidas, mas especialistas alertam que sem educação financeira adequada, isso pode se tornar uma armadilha. Embora o programa possa aliviar a situação inicial da inadimplência, muitas pessoas acabam caindo novamente em um ciclo vicioso de endividamento de curto prazo após a renegociação.
A falta de educação financeira pode levar os consumidores a aceitar renegociações desfavoráveis ou a não avaliar adequadamente as propostas recebidas. Além disso, sem uma compreensão clara de como administrar suas finanças, é provável que enfrentem dificuldades para arcar com os novos compromissos financeiros, o que pode resultar em mais dívidas no futuro.
Para evitar esse cenário, os especialistas recomendam que os consumidores adotem medidas tanto para lidar com o programa Desenrola quanto para estruturar um planejamento financeiro sólido:
- Levantamento das dívidas: Faça um levantamento de todas as suas dívidas, identificando os credores e os motivos das dívidas.
- Busca por propostas de renegociação: Procure propostas para reduzir as taxas de juros das suas dívidas, seja por meio do programa Desenrola ou outras iniciativas similares.
- Organização financeira: Tenha uma compreensão clara das suas receitas e despesas mensais, dividindo suas despesas essenciais, despesas de lazer e poupança/investimentos conforme a regra do “50, 30, 20”.
- Prioridade para quitação de dívidas: Priorize o pagamento ou a renegociação das suas dívidas, garantindo que elas não ultrapassem 30% da sua renda mensal.
- Busca por orientação: Procure ajuda junto ao Procon ou à Defensoria Pública para esclarecer suas dúvidas sobre sua situação financeira e receber orientação sobre suas dívidas.
É fundamental que os consumidores compreendam que ter dívidas não é necessariamente ruim, mas estar inadimplente pode trazer consequências negativas. A educação financeira é essencial para ajudar as pessoas a administrar suas finanças de forma responsável e evitar armadilhas de endividamento no futuro.