Não precisa ser economista para sentir o impacto da inflação nos alimentos e a piora do país no aspecto econômico.
Basta se dirigir a um supermercado para ter uma amostra real da desvalorização do seu dinheiro.
Já teve aquela sensação de que há algum tempo, com R$ 100, você conseguia sair do mercado com as sacolas cheias e agora parece que a quantidade de suas compras diminuiu com o mesmo valor?
Pois é. Esse é o efeito da aceleração da inflação no país. Neste artigo, o UNUM te explica como tudo isso impacta no seu bolso.
IPCA Disparado
Existe um mecanismo que calcula mensalmente a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias brasileiras.
Ele é chamado de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, e é utilizado pelo governo para determinar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida.
Pois bem. Esse índice, no último mês de novembro, registrou mais um aumento, passando de 0.86 para 0,89, o maior para o período nos últimos cinco anos.
O que vem puxando essa aceleração? O preço dos alimentos e também dos combustíveis, nesse último caso movido pela flexibilização e o deslocamento de pessoas.
Para se ter ideia, o governo estipulou como meta para 2020 uma inflação de 4%.
Só que em 2020, a alta registrada é de 3.13%, sendo que em 12 meses, esse aumento é de 4,31%, acima dos 3,92% registrados nos 12 meses anteriores.
A tendência é que o IPCA termine o ano em 4,21%, acima do centro da meta, mas considerado dentro do teto de tolerância.
Tolerante? Não, Senhor!
O governo já se prepara para considerar a situação atravessada como administrável, mas é você, consumidor, que sente no bolso o fardo dessa disparada.
Alguns alimentos, em especial, ajudam a pressionar o IPCA, com destaque para o óleo e o arroz, itens da cesta básica do brasileiro e com altas de 9,24% e 6,28%, respectivamente.
O preço do arroz tornou-se até ‘meme’ nas redes sociais, mas realmente está valendo ouro. Em setembro deste ano, o pacote de 5kg chegou a ser comercializado a R$ 40, o maior valor dos últimos 15 anos.
Voltando aos patamares recentes, o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) constatou que no mês de novembro os preços de produtos que compõem a cesta básica aumentaram em 16 das 17 capitais pesquisadas.
Brasília registrou o maior aumento (17,05%), seguida por Campo Grande (13,26%) e Vitória (9,72%). Em Recife, o valor da cesta básica diminuiu em -1,30%.
A cesta básica mais cara encontrada foi no Rio de Janeiro, saindo a R$ 629,63, uma variação de 6,31%. Tendo como base o salário mínimo atual, o trabalhador brasileiro teria que deslocar, já com o desconto da Previdência Social, 65,09% de seu rendimento mensal para adquirir uma cesta básica.
Além do Arroz e Óleo, o Que Ficou Mais Caro Para Comprar?
– O preço da carne bovina disparou em todas as capitais brasileiras, apresentando variações que chegaram a 18,41%, registrado em Brasília. A explicação seria o período de entressafra e a baixa disponibilidade de animais para o abate
– Outro item que aumentou foi o preço da batata. As altas oscilaram entre 13,99%, em Curitiba, e 68,32%, em Vitória.
A justificativa para o aumento foram as quebras de produção em várias regiões do sul do país, que sofreram com períodos de estiagem nas fases de plantio, reduzindo a oferta.
– O preço do tomate subiu em 15 cidades, com a maior alta em Brasília (61,05%).
A oferta do produto foi reduzida devido a maturação antecipada do fruto. Mesmo com a baixa procura, as cotações do tomate aumentaram no varejo.
– As exportações aquecidas, limitaram a oferta interna e o açúcar aumentou em 14 cidades brasileiras, com destaque para Belo Horizonte (8,49%), Campo Grande (5,94%) e Goiânia (5,26%).
Demanda Interna x Exportações
A alta no preço dos alimentos no Brasil pode ser explicada pela alta demanda dos produtos, motivada também pelos auxílios concedidos pelo Governo Federal, e o câmbio alto, que favorece as exportações.
Vale lembrar que o brasileiro ainda vai terminar o ano com um aumento na conta de luz, já que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu pela bandeira vermelha nas tarifas, alegando a falta de chuvas no país.
Nenhum aumento foi registrado desde o início do período de pandemia, porém a taxação irá refletir, segundo analistas, em 0,4% naquele índice que falamos no início do artigo, o IPCA, o medidor da inflação no país.
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