Segundo Catalina Tobar, head de soluções cripto da Visa para América Latina e Caribe, em entrevista exclusiva ao InfoMoney, a abordagem do Drex, o real digital desenvolvido pelo Banco Central, é pioneira devido à participação dos bancos comerciais no projeto-piloto.
Ela destaca que o projeto está na vanguarda por conferir relevância aos bancos comerciais na implementação da CBDC brasileira, permitindo que diferentes tokens dos bancos ofereçam soluções diretas ao consumidor com o respaldo do Drex, que atua como uma moeda de compensação.
Nesse modelo, os bancos comerciais se tornam interlocutores importantes para oferecer soluções e serviços aos consumidores, como o pagamento do Bolsa Família pela Caixa Econômica usando o Drex. Tobar ressalta que, embora alguns países tenham adotado projetos semelhantes, essa abordagem é pioneira.
O crescente volume transacionado em stablecoins também indica a abertura da população para ativos tokenizados. A Visa registrou um aumento significativo nas transações de stablecoins nos últimos anos, mostrando que essa tecnologia está sendo efetivamente utilizada como meio de pagamento.
Apesar das expectativas de lançamento do Drex em maio, alguns atores do sistema financeiro nacional expressaram preocupações com possíveis contratempos de implementação, a operação-padrão dos servidores do BC e a necessidade de garantir o funcionamento adequado da plataforma.