Não Posso Sair de Casa: Veja os Principais Aplicativos de Restaurantes Para Pedir Comida

Grandes restaurantes apostam em aplicativos próprios de entrega para ficar mais próximo dos clientes e economizar na taxa paga às maiores plataformas

Não Posso Sair de Casa: Veja os Principais Aplicativos de Restaurantes Para Pedir Comida

Você que está preocupado com a pandemia do coronavírus e pensa que, ao ter que ficar recluso, a única saída é estocar alimentos, correndo desesperado ao supermercado, calma! A gente te apresenta uma ideia mais prática e até mesmo econômica, caso você saiba planejar bem suas finanças.

Além dos aplicativos já consagrados, parceiros de grandes restaurantes e fast foods, como o iFood, Rappi e Uber Eats, os maiores restaurantes do país estão apostando em aplicativos próprios, o que aumenta sua gama de opções ao escolher seu prato predileto!

Desde o fim do ano passado, grandes redes de alimentação têm investido no lançamento e em melhorias de seus aplicativos próprios de entrega, com o retorno de motoboys contratados. A ideia é que essas empresas passem a depender menos dos superaplicativos, que cobram um percentual significativo das vendas, além de estreitar a relação direta com o consumidor final (você).

Para essas empresas, o custo operacional de ter um aplicativo próprio é mais baixo do que utilizar uma plataforma como o iFood, Rappi ou Uber Eats. Isso porque com um aplicativo independente o restaurante consegue concentrar os pedidos e dinamizar a produção, além de ter um banco de dados com a rotina de compra dos clientes e quanto gastam.

Outra vantagem é a possibilidade de garantir a qualidade da entrega. A Domino’s, por exemplo, trabalha firme em busca desse objetivo. A empresa tem investido nos últimos meses na melhoria da experiência do cliente. Em novembro de 2019, a rede começou a atender pedidos pelo WhatsApp no Rio, serviço que será estendido para todo o país em abril.

“Pelo nosso app, não há riscos de mal entendidos em relação aos pedidos. Nossos entregadores são profissionais exclusivos e treinados para preservar a qualidade da pizza”, explicou o diretor de Marketing da Domino’s, Edwin Junior.

Já o Habib’s lançou seu aplicativo em julho de 2019. E a Ragazzo, do mesmo grupo, em setembro. Segundo Rafael Polachini, superintendente de Marketing das empresas, os entregadores são próprios para ter um controle maior da operação. “O aplicativo próprio valoriza a marca e permite a fidelização do cliente”, destacou o profissional.

Além da Domino’s e do Habib’s, outras redes também apostam nesta mobilidade de entrega para uma maior proximidade com o cliente. Dentre as grandes marcas, destacam-se o MC DONALD’S, o CHINA IN BOX e o Bob’s.

Empresas Seguem Presentes nas grandes plataformas

Apesar de estarem apostando em seus próprios aplicativos, as grandes redes não pretendem abandonar os ‘marketplaces’, ou seja, as plataformas que reúnem diversos estabelecimentos, como o iFood e o Uber Eats. Segundo o professor André Diz, é preciso estar nesses aplicativos para disputar o mercado consumidor.

“Atualmente, não participar dessas plataformas não parece ser uma estratégia interessante. No começo, quando esses aplicativos surgiram, eles precisavam dos restaurantes para conseguir usuários. Hoje, os restaurantes precisam dessas plataformas. Cada vez mais, quando um consumidor pensa em pedir comida, o primeiro passo é abrir um aplicativo que reúna diversos restaurantes”, ponderou André Diz.

Já Rafael Polachini, do Grupo Habib’s, tanto o aplicativo próprio, quanto a presença em outras plataformas são estratégias fundamentais. “Quanto mais pontos de contato com o cliente, melhor. Ambas as estratégias são importantes, dado o alcance dos marketplaces e a capacidade de gerar pedidos incrementais e novos clientes”, avaliou o superintendente de marketing da empresa.

O iFood, por exemplo, informou ter crescido 116% em novembro de 2019, na comparação com o mesmo mês de 2018. A plataforma oferece mais de 30 tipos de culinária atualmente.

Segundo Christian Perrone, pesquisador do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS-Rio), algumas empresas terão condições, em função de terem uma marca forte, de sobressaltarem os superaplicativos e marketplaces.

Para o especialista, a perspectiva, em alguns anos, é que as empresas ofereçam diversos serviços, em uma mesma plataforma. “a tendência, para o futuro, é que essas plataformas funcionem como um ecossistema, mesclando diversos serviços. É o caso do WeChat, da China, em que você pode fazer absolutamente tudo, desde conhecer pessoas, até fazer compras. O Rappi também surgiu com esse objetivo. Mas será importante que o mercado seja regulado para tornar as regras desse jogo mais transparentes”, alerta o professor.

Veja Alguns aplicativos de grandes marcas

DOMINO’S: em novembro do ano passado, a rede passou a receber pedidos pelo WhatsApp no Rio. A rede promete expandir a iniciativa para todo o Brasil em abril deste ano. Pelo aplicativo e pelo site da Domino’s o cliente tem benefícios, como montar a pizza, agendar a entrega e acompanhar cada passo do pedido até a porta de casa.

HABIB’S: o Habib’s lançou seu aplicativo em julho de 2019 e, a Ragazzo, em setembro do mesmo ano. Hoje, 30% das entregas é pelo aplicativo próprio, onde podem ser usados cupons de desconto.

MC DONALD: o aplicativo próprio foi lançado em julho de 2018 e oferece promoções exclusivas. As entregas são feitas em parceria com a plataforma Loggi.

CHINA IN BOX: a rede relançou o novo aplicativo em parceria com a Oracle em 2019. A plataforma oferece preços e ofertas diferenciadas.

BOB’S: O app foi lançado em 2014, mas a rede está desenvolvendo novas funcionalidades, com vantagens para o cliente.