Habilidades que Empresas e Funcionários vão Precisar no Pós-Pandemia

Saiba mais sobre o futuro do trabalho. Para empresa de freelancer Workana, habilidades pessoais serão tão importantes quanto domínio de novas tecnologias.

Habilidades que Empresas e Funcionários vão Precisar no Pós-Pandemia

A pandemia do Covid-19 e o avanço da tecnologia obrigaram as empresas a se adaptarem rápido. Com isso, há a necessidade de contar com profissionais com habilidades específicas para atender a essas demandas.

 

De acordo com dados do relatório anual da Workana, uma plataforma que conecta freelancers a empresas da América Latina, 67,8% dos empreendedores tiveram que desenvolver soluções para vender on-line. Ainda conforme a pesquisa, a maioria precisou investir na gestão de redes sociais (22,7%), e em canais para se comunicar com os clientes (20,3% em vendas pelo WhatsApp e 15% na criação de site).

A pergunta que fica é: a adaptação às ferramentas digitais será suficiente no futuro? Em um mundo cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo (conhecido pela sigla VUCA), muitas áreas estão passando por transformações, ao mesmo tempo em que outras novas searas de negócios estão surgindo.

Atualização contínua de empresas e funcionários

Dessa forma, a Workana lembra que cada vez mais as empresas precisarão pegar emprestado da área de gestão de pessoas o conceito de “Lifelong Learning”, que significa atualização contínua sobre a sua própria área de atuação. Não apenas os funcionários precisam evoluir sempre, como também as organizações.

Pensamento crítico e soluções de problemas

Do lado dos profissionais, tão importante quanto as habilidades técnicas relacionadas a novas tecnologias, é o desenvolvimento e incorporação em seu dia a dia das chamadas “soft skills”, habilidades de relacionamento, comportamentais e inteligência emocional.

“Pensamento crítico e solução de problemas, por exemplo, estão entre as habilidades que os profissionais terão que ter nos próximos anos”, destaca o relatório Futuro do Emprego, do Fórum Econômico Mundial, que sinaliza ainda que 50% dos profissionais precisarão se requalificar até 2025.

Ainda de acordo com o ranking das habilidades do levantamento global, aparecem resiliência, flexibilidade, liderança e inovação como fortes tendências daqui pra frente, assim como apontou o estudo da Workana.

Inovação tecnológica e busca de qualificações técnicas

De acordo com Daniel Schwebel, responsável pela operação da Workana no Brasil, há uma grande inovação tecnológica em abundância nos dias de hoje, bem como um movimento muito forte das empresas em busca de qualificações técnicas.

Por isso, segundo ele, adquirir e trabalhar esses pontos citados é algo urgente. A pandemia da covid-19 mostrou que será necessário apostar em pessoas com habilidades pessoais que ajudem a enfrentar os desafios que toda a volatilidade e incerteza trazem.

Seis pontos a serem considerados quanto às habilidades pessoais dos profissionais

Como potencializar e trabalhar melhor essas habilidades pessoais dos profissionais – ainda mais considerando que muitas empresas seguirão com o trabalho remoto parcial ou total? Confira os pontos mais importantes, de acordo com Schwebel:

  1. Será necessário que líderes e colaboradores reconstruam sua relação de confiança, desta vez de forma muito mais empática, compreendendo quem as pessoas são, e não só o papel que elas desempenham na empresa;
  2. Os líderes terão que fortalecer a comunicação e fazer com que ela seja o mais transparente possível para promover o desenvolvimento dos funcionários;
  3. Os gestores precisarão orientar o trabalho dos colaboradores, se baseando em objetivos, e não apenas em horas trabalhadas;
  4. A tomada de decisões deve ocorrer de baixo para cima, levando em conta a opinião e as necessidades das pessoas;
  5. Atentar-se à saúde física e mental dos colaboradores é palavra de ordem;
  6. Oferecer o trabalho à distância como uma opção a quem preferir adotar essa modalidade.

“Ao mesmo tempo em que a tecnologia faz surgir rapidamente novas profissões e novos desafios, ela pode contribuir também para a requalificação ágil dos colaboradores”, diz Schwebel.

O profissional explica que a atuação dos líderes deve ter o olhar voltado ao profissional e não só à empresa, apostando, então, em uma nova estrutura de baixo pra cima, que ouve as necessidades dos profissionais, as compreende e, de forma humanizada, volta seus esforços a desenvolver a inteligência emocional dos colaboradores.

“Com isso, mesmo diante dos desafios do mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo, são maiores as chances de que as pessoas tenham o equilíbrio necessário para se adaptar”, conclui Schwebel.

E você? Tem se preparado para esse novo cenário?