Governo e bancos discutem extinção do crédito rotativo; veja alternativas

Governo e bancos discutem extinção do crédito rotativo; veja alternativas

O texto aborda as discussões entre o governo e o setor financeiro sobre maneiras de lidar com os altos juros do crédito rotativo e possíveis alternativas para essa modalidade. Algumas das propostas discutidas incluem:

  1. Extinção do crédito rotativo: Uma das alternativas em discussão é acabar com o crédito rotativo na prática. Isso significaria que, em vez de entrar no rotativo, o saldo devedor não pago seria automaticamente parcelado em até 12 vezes, com uma taxa de juros menor do que a cobrada atualmente no rotativo.
  2. Desestimular o parcelamento sem juros: Outra ideia é desencorajar o parcelamento sem juros, seja aumentando as tarifas para os comerciantes que oferecem essa opção, seja estabelecendo preços diferentes para compras parceladas e à vista no cartão de crédito.
  3. Teto para os juros no rotativo: Inicialmente, havia sido discutida a possibilidade de estabelecer um teto para os juros no crédito rotativo, mas essa ideia foi descartada devido aos potenciais prejuízos para a cadeia de cartões.
  4. Redução do prazo de transferência para o parcelado: Em vez de transferir a dívida do rotativo para o parcelado após um mês, como é atualmente exigido, a proposta seria eliminar esse prazo, transferindo a dívida imediatamente para o parcelado em caso de não pagamento da fatura ou pagamento do mínimo.
  5. Discussões sobre a estrutura do rotativo: Há debates sobre a estrutura atual do rotativo, com alguns argumentando que os altos juros dessa modalidade financiam o parcelamento sem juros, enquanto outros discordam dessa visão.

Essas discussões envolvem grupos de trabalho formados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ministério da Fazenda e Banco Central (BC). Embora ainda não haja uma definição sobre as medidas a serem adotadas, o texto destaca a complexidade do problema e a necessidade de encontrar soluções que equilibrem os interesses dos consumidores, comerciantes e instituições financeiras.