O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou uma queda de 0,17% em março, desacelerando em comparação com a deflação de 0,65% observada no mês anterior, conforme informado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na segunda-feira (18).
Com esse desempenho, o índice acumula uma redução de -0,40% no ano e de -4,05% nos últimos 12 meses. No mesmo período em março de 2023, o índice apresentava uma variação de 0,05% no mês e acumulava um aumento de 1,12% em 12 meses.
O resultado deste mês foi influenciado pelo comportamento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que registrou uma queda menos intensa, especialmente nos alimentos in natura.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também apresentou uma inflação mais moderada, com menor pressão dos gastos com educação.
IPA em foco
Em março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 0,40%, uma queda menor em comparação com a redução de 1,08% registrada no mês anterior.
Os preços dos Bens Finais mostraram um leve aumento, passando de 0,33% em fevereiro para 0,49% em março. Esse aumento foi influenciado principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, cuja taxa aumentou de 3,90% para 5,56%.
Por outro lado, o índice relacionado a Bens Finais (ex), excluindo os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, apresentou uma queda de 0,10% em março, uma diminuição ligeiramente maior do que a observada no mês anterior, de -0,09%.
IPC em destaque
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma variação de 0,48% em março, indicando um ritmo de crescimento mais lento em comparação com o aumento de 0,62% observado em fevereiro.
Três das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram uma desaceleração em suas taxas de variação. Destaque para Educação, Leitura e Recreação, Alimentação e Despesas Diversas.
Essa tendência foi influenciada principalmente pelos ajustes nos preços de cursos formais, hortaliças e legumes, e serviços bancários.
INCC em movimento
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve uma variação de 0,27% em março, mostrando um aumento em relação à taxa de 0,10% observada no mês anterior.
Entre os componentes do INCC, houve movimentações distintas entre os grupos. Materiais e Equipamentos registraram uma recuperação, enquanto Serviços apresentaram uma variação quase nula e Mão de Obra manteve-se praticamente estável.