Seja por adquirir produtos com tecnologias inovadoras até então não presentes no Brasil, seja pela possibilidade de adquirir um bem com um precinho camarada, comprar do exterior virou uma grande prática para muitos consumidores brasileiros.
Nem mesmo a alta do dólar parece impedir os brasileiros de fazer esse negociação. Isso fez com que muitos sites, como o Aliexpress, Ebay ou Wish investissem para personalizar e atrair cada vez mais clientes tupiniquins.
Porém, nem tudo são flores, já que o grande desafio está em não receber grandes taxas que deixarão a compra ainda mais cara. Isso porque há chances de o produto ser tributado quando chegar à alfândega da Receita Federal.
Porém, podemos lhe dar dicas para como diminuir esses riscos e se dar bem ao comprar em sites estrangeiros. Por isso, continue conosco e saiba como diminuir seus riscos de ser taxado pela alfândega.
O que eu preciso para comprar em sites estrangeiros?
Porém, antes de tudo, é preciso que você tenha um mecanismo para fazer a transação, certo?! Pois bem, o mais comum é o cartão de crédito, desde que seja internacional.
Antes de difícil acesso, os cartões internacionais já são realidade na grande maioria dos bancos, até mesmo para contas universitárias. Para além, as fintechs costumam disponibilizá-lo sem cobrança de anuidade, o que se torna um grande auxílio para os consumidores.
Porém, lembre-se de habilitar as opções de compras para fora do país.
Vá além do cartão de crédito
Se você não quiser ter um cartão de crédito internacional, uma boa alternativa é o PayPal, uma carteira digital internacional aceita em quase todos os grandes sites estrangeiros.
Ela permite que você pague o valor do produto com seu saldo disponível na carteira, que poderá ser recarregada por depósito ou por um cartão de crédito. Aprenda a abrir sua PayPal aqui.
Eu compro em qual moeda?
Basicamente, quase todos os grandes sites estrangeiros trabalham com o valor do produto em dólar. Alguns já fazem a conversão automática, como o AliExpress. Porém, se você deseja um produto específico de um país, terá de comprar na moeda local, convertida para o real.
Porém, foquemos no dólar, como exemplo: Para saber quanto custará seu produto, basta fazer a conversão na cotação atual no dia da compra. Se o produto for adquirido por cartão de crédito, o consumidor pagará os impostos federais e estaduais, além do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 6,38%, mais taxas do cartão (normalmente de 4%). Isso, claro, acrescidos à conversão do real para o dólar no dia do fechamento da fatura do cartão.
E sobre as taxas, como elas funcionam?
Err…é nessa hora que aperta. Afinal, não basta somente ir comprando e convertendo de uma moeda para a outra, há uma série de taxas extras que são cobradas por produtos originários de outros países e são atrelados a eles.
Abaixo, vamos mostrá-las:
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ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
Esse imposto é cobrado por qualquer mercadoria que circule e é adquirida que ultrapasse os limites municipais, divisas estaduais ou fronteiras nacionais.
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IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
Essa tarifa é atrelada ao valor dos produtos que não são produzidos de forma artesanal ou feito de manufatura.
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II (Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros
Esse imposto é aplicado em todos os produtos que chegam de fora do país.
Em síntese, os itens que caem na alfândega e são taxados pagam 60% de imposto. Então, sempre que for comprar algo, calcule quanto custaria o produto com esse valor acrescido.
Mas todos os produtos são taxados?
Não! Essa é a boa notícia. As compras de pessoas físicas abaixo de US$ 50 não são taxadas, desde que sejam oriundas de sites que não façam a entrega pelas vias tradicionais. Já pelos Correios, compras até US$ 500 podem ser taxadas na alfândega.
Porém, aqui vai uma dica: o sistema de tributação da Receita Federal se baseia em amostragem, fazendo com que muitas compras não são taxadas quando passam pela fiscalização aduaneira.
Nesse caso, a sorte pode ser sua grande aliada. Pela pesquisa da Ebit, 53% dos consumidores não pagaram impostos nas compras vindas do exterior em 2017.