O sistema bancário aberto ou Open Banking, na expressão em inglês, muda a relação das instituições financeiras com os clientes, que passam a ter autonomia sobre o uso de seus dados financeiros.
A primeira fase do Open Banking entra em vigor nesta segunda-feira (1) e consiste na autorização para que dados públicos, como condições de contratos e taxas de juros, sejam compartilhados entre bancos concorrentes.
O Open Banking é a integração de toda a vida econômica em um só lugar, como conta corrente, poupança, aplicações, compras e meios de pagamento, de forma que se pode avaliar e negociar do mesmo jeito que se faz hoje nas compras a crédito no varejo.
Benefícios no empréstimo
Ao longo do ano, mais três etapas serão cumpridas. A expectativa é que, a partir de agosto, já seja possível que instituições financeiras ofereçam propostas a clientes de competidores, o que deve beneficiar consumidores.
Na prática, entre outras alterações, o Open Banking deve ajudar o consumidor na tomada de empréstimo, quando estiver totalmente implantado.
Um exemplo: o cliente tem uma conta no banco X que oferece empréstimo com juros de 2% ao mês e 24 meses para pagar. Ele pode verificar se outra instituição tem condições melhores sem sair de casa.
Outro exemplo: caso uma pessoa queira comprar uma casa maior, basta conferir todos os bancos com financiamentos disponíveis para seu perfil financeiro e sob quais condições.
Como o Open Banking funciona?
O cliente autoriza o compartilhamento de seus dados entre instituições e pode contratar produtos e serviços de várias por meio da mesma plataforma (sites ou aplicativos).
O compartilhamento de dados depende totalmente da decisão do cliente. Nenhuma instituição poderá visualizar essas informações sem o consentimento do consumidor. Por enquanto, clientes não precisarão tomar nenhuma ação, já que só dados públicos serão compartilhados na primeira fase.
A tecnologia por trás dessa plataforma aberta é chamada API. O modelo de funcionamento é comparável a um site que permite que o usuário se cadastre via Facebook ou Google, o que gera o compartilhamento.
No auge do funcionamento do Open Banking, a expectativa é que todos os dados estejam disponíveis em um único aplicativo.
Questões frequentes sobre o Open Banking
Abaixo, as respostas para as questões mais frequentes sobre o Open Banking.
O que é o Open Banking?
O sistema bancário aberto (Open Banking) muda a relação das instituições com os clientes, que passam a ter autonomia sobre o uso de seus dados financeiros.
Como é na prática?
O cliente autoriza o compartilhamento de seus dados entre instituições e pode contratar produtos e serviços de várias por meio da mesma plataforma (sites ou aplicativos).
O que é possível com o Open Banking?
O cliente poderá acessar e movimentar uma conta bancária ou de investimento sem depender do aplicativo ou do site de um banco ou corretora.
Os juros nas operações bancárias ficam mais baixos?
Mesmo tendo conta em um banco, o cliente poderá tomar crédito que ofereça melhores condições. Com mais concorrência, taxas tendem a cair.
Dá para comparar as ofertas dos bancos?
Sim, ao receber ofertas de serviços financeiros de diferentes instituições, o cliente poderá comparar e contratar os mais vantajosos mesmo sem ter conta associada a eles.
Onde vejo as comparações entre bancos?
Em um único aplicativo, o cliente vai visualizar seu extrato consolidado, com todas as contas bancárias e investimentos que mantiver em diferentes instituições.
Vão ter produtos mais adequados às minhas necessidades?
Bancos, fintechs (startups do mercado financeiro) e demais instituições vão oferecer produtos desenhados para cada cliente com base no seu perfil e nos dados de sua vida financeira: rendimentos, pagamentos empréstimos em curso.
Como ficam os pagamentos?
O ciente poderá transferir recursos entre instituições ou pagar, por exemplo, a fatura do cartão de crédito de um banco com dinheiro que mantém uma fintech.