Como Vai Funcionar o Cadastro de Chave Para o PIX?

Cadastro se inicia em 5 de outubro e sistema entra em funcionamento no dia 16 de novembro

Como Vai Funcionar o Cadastro de Chave Para o PIX?

O PIX promete revolucionar a maneira como os brasileiros enviam e recebem dinheiro. Com o lançamento marcado para 16 de novembro, o novo sistema de pagamentos instantâneos pela internet começa a realizar o cadastro dos clientes já a partir de 5 de outubro.

Para se valer da novidade, que promete revolucionar o sistema financeiro nacional, os consumidores devem ter uma “chave PIX”, ou seja, uma espécie de identidade dentro desse sistema, que poderá ser um e-mail ou o número do telefone celular, além do CPF ou do CNPJ.

Em um primeiro momento, os clientes podem obter mais informações sobre como vai funcionar a etapa de cadastramento por meio de comunicados enviados por bancos e fintechs, que já aderiram à nova plataforma do Banco Central (BC). Vale lembrar que a responsabilidade de disponibilizar a modalidade fica com cada empresa.

Banco Inter sai na frente

O banco Inter, no entanto, já se antecipou e realiza um “pré-cadastro” de alguns clientes selecionados. O app do banco digital tem informado há alguns correntistas para se cadastrar em uma lista para testar a novidade. No caso da fintech mineira, a chave de endereçamento será o CPF dos clientes, mas também será possível cadastrar outras chaves no menu do PIX no aplicativo do banco digital.

Como vai funcionar o novo modelo de pagamentos instantâneos?

Para utilizar o PIX, tanto o pagador, quanto o recebedor, precisará ter uma conta seja em banco, fintech ou instituição de pagamento. Os pagamentos poderão ser realizados pela leitura de códigos de barra e QR Codes com compensação instantânea, acabando com a espera de até dois dias úteis para o processamento de boletos.

As transações serão efetuadas em até dez segundos, e poderão ser realizadas a qualquer dia ou horário, incluindo fins de semana ou feriados. O custo será gratuito para pessoas físicas, segundo informou, recentemente, o Banco Central. Já pessoas jurídicas pagarão um valor mínimo, de R$ 0,01, a cada dez transações realizadas.

Além disso, também permanece a maneira tradicional de informar os dados do destinatário da operação, com dados como o nome completo, o CPF, o número da instituição, a agência e a conta, como já se procede, atualmente, com uma TED.

Saque de dinheiro em comércios a partir do ano que vem

A partir do primeiro semestre de 2021, a nova plataforma de pagamentos instantâneos vai disponibilizar a possibilidade de sacar dinheiro diretamente em comércios. A novidade vai funcionar da seguinte forma: o cliente chega ao caixa de um estabelecimento e informa que quer sacar R$ 200, por exemplo, com o PIX. O atendente então seleciona a opção na máquina de cartão, que exibe um QR Code.

Com o seu celular, o consumidor faz a leitura do código e paga os R$ 200 mais um valor de tarifa. Após a confirmação, o atendente pega o valor em espécie equivalente à transação no caixa e entrega ao cliente.

O Banco Central espera que esse novo serviço facilite a vida do consumidor, excluindo a necessidade de se dirigir até um caixa eletrônico para sacar dinheiro, assim como a do comerciante, cujos gastos com o manejo de dinheiro em espécie também serão reduzidos.

BC estuda integrar o PIX a sistema de pagamentos internacionais

O Banco Central estuda integrar o PIX, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pela instituição, a serviços similares de outros países. A possibilidade foi indicada pelo chefe-adjunto do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro (Decem), Carlos Eduardo Brandt. “Nossa visão de futuro é de que o PIX seja capaz de se integrar com outros ecossistemas de pagamentos instantâneos, de outras jurisdições. Há conversas preliminares com diversos reguladores. Mas não há nenhuma definição em quais países faríamos a interligação e nem há prazo definido”, declarou Brandt.

O recurso permitiria a usuários realizarem pagamentos instantâneos do Brasil para pessoas em outros países. O chefe de subunidade do Decem, Breno Lobo, no entanto destacou que a proposta é complexa e não está prevista para curto prazo.

De acordo com Lobo, o Banco Central acompanha testes de ecossistemas em desenvolvimento no exterior que possibilitam a transferência de pagamentos em poucos segundos entre países de diferentes continentes. “Vamos tentar entrar nesse circuito de testes de internacionalização. Está na nossa agenda de trabalho”, pontuou Lobo.