Black Friday Brasil 2020 Rende R$ 12,4 Bilhões aos E-commerces

Vendas cresceram 38% em novembro em relação a 2019,

Black Friday Brasil 2020 Rende R$ 12,4 Bilhões aos E-commerces

Nunca se vendeu tanto no Brasil em um curto espaço de tempo quanto na Black Friday Brasil 2020. As vendas do e-commerce no Brasil cresceram 38% em novembro em comparação com 2019, atingindo faturamento recorde de R$ 12,4 bilhões. 

Segundo dados da Ebit|Nielsen, essa é a maior expansão para o mês desde 2013, quando iniciou-se a série histórica.

Praticamente a metade deste faturamento foi alcançado nos cinco dias de promoções da “Black Week”, entre 26 e 30 de novembro. Na semana, o comércio eletrônico vendeu R$ 6 bilhões, alta de 26,4% em relação a 2019. 

“Os principais fatores que contribuíram para o resultado foram: a maior bancarização dos brasileiros, pela necessidade do auxílio emergencial, a retomada da economia, ainda que abaixo da expectativa, e ao fato de as empresas terem explorado bem os descontos e as atratividades do ambiente online”, afirmou a líder da Ebit|Nielsen, Julia Avila.

Número Total de Pedidos Aumentou

Isso se explica pelo número total de pedidos, que também foi recorde.

Segundo o levantamento da Ebit|Nielsen, em novembro, foram realizados 24,1 milhões de compras, crescimento de 25,3% sobre 2019. Desse total, o estado de São Paulo foi responsável por 40,9%; seguido por Rio de Janeiro, com uma fatia de 12,4%; Minas Gerais, com 9,6% dos pedidos; e Paraná, com 6,3%.

Produtos Que Mais Venderam na Black Friday

O mesmo levantamento da Ebit|Nielsen apontou os produtos que mais se destacaram nas vendas durante o período de novembro, principalmente na Black Friday.

Produtos de moda feminina lideraram as vendas nas três principais praças. Em São Paulo, essa categoria representou 7% das encomendas; no Rio de Janeiro, 6,7%; e Minas Gerais, 6,6%.

Nos dias das promoções da Black Friday, os segmentos que mais se destacaram nas vendas foram justamente os relacionados a criação de ambientes mais confortáveis, funcionais e adaptados à vida na pandemia, segundo a Ebit|Nielsen.

Categorias na Black Friday

Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o consumidor se preocupou em criar ambientes mais confortáveis, funcionais e adaptados à vida neste período.

Não à toa, o  segmento Casa e Decoração ficou em primeiro no ranking entre quinta e segunda, seguido por Moda e Acessórios, Eletrodomésticos, Perfumaria e Cosmético, e Telefonia/Celulares.

O ranking por faturamento, também nos cinco dias, foi liderado por Eletrodomésticos. Aparecem na sequência Telefonia/Celulares, Eletrônicos, Casa e Decoração e Informática.

“A procura do consumidor mostrou a tendência que já havíamos mapeado de transformar e adaptar suas residências para comportar os novos hábitos impostos pela pandemia, home office, ensino à distância e mais entretenimento”, reforçou a líder da empresa.

Food Service Também Cresce

Outro setor que cresceu foi o de food service. Segundo levantamento da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm), o setor que apresentou o maior crescimento em relação ao último ano foi o de food delivery.

Como enfrentamos um período de exceção, no qual os consumidores têm passado mais tempo em casa em virtude do confinamento causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), algumas pessoas se beneficiaram da grande adesão ao modelo de comprar seu alimento no conforto do seu lar pelo aplicativo do smartphone.

Modelo de Assinaturas Também se Destaca

O modelo de clube de assinaturas foi outro destaque desse ano. O modelo de negócio, que  já apresentava um crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2019, viu um incremento ainda maior com a chegada Black Friday,  projetando um crescimento maior até o final deste ano.