O Banco Central (BC) adiou de janeiro para 15 de março de 2021 o início do funcionamento do Pix Cobrança com vencimento em data futura.
O Pix é uma nova forma de transferir dinheiro instantaneamente, feita 24 horas por dia, sete dias por semana, e é uma alternativa grátis ao DOC e à TED.
Como Funciona o PIX Cobrança
Por meio do Pix Cobrança, lojistas, fornecedores, prestadores de serviços e outros empreendedores poderão emitir um QR Code para operações de pagamento em data futura. Funcionará como um boleto, já com informações sobre juros, multas e descontos.
Essa funcionalidade foi anunciada em outubro pelo BC e a previsão inicial era de que começasse a funcionar a partir de 4 de janeiro de 2021. Procurado para explicar o motivo do adiamento, o BC não informou por que tomou a decisão de postergar.
Desde 16 de novembro, quando o Pix entrou em funcionamento total, já é possível fazer pagamentos imediatos por QR Code.
Como Mudo a Chave Pix se Trocar Meu Celular ou E-mail?
O que acontece se você cadastrar uma chave Pix com seu celular ou e-mail e depois mudar um deles?
O usuário do Pix, o novo meio de pagamento criado pelo BC (Banco Central), pode cancelar a chave se deixar de usar um e-mail ou trocar o número do celular.
O Pix é uma nova forma de transferir dinheiro instantaneamente, e é uma alternativa grátis ao Doc e à TED.
A chave Pix é como o endereço da sua conta no Pix, da mesma forma que um número do RG identifica uma pessoa.
Para cadastrar a chave, pode ser usado, por exemplo, o CPF, o número do celular ou um email. O CPF não muda, mas um celular e um email podem ser substituídos.
Então, o Que Fazer Para Trocar Minha Chave Pix?
Nesse caso, é preciso cancelar a chave antiga.
Para fazer isso, o usuário deve acessar a opção “Minhas chaves” no aplicativo do banco no celular ou no internet banking, no computador. Ali deve excluir a chave cadastrada originalmente.
Em seguida, o usuário deve fazer o registro da nova chave, seja o novo número de celular ou o endereço de email atualizado.
As instituições são obrigadas pelo BC a disponibilizar as funcionalidades de registro, exclusão, alteração, portabilidade e a reivindicação de posse da chave Pix diariamente, das 8h às 20h.
Em um Mês, Pix já Movimentou R$ 83,4 Bilhões, Mostra Balanço do Banco Central
Desde que entrou em operação, em 16 de novembro, o Pix, novo sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, movimentou R$ 83,4 bilhões, num total de 92,5 milhões de transações. É o que mostra um balanço divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Banco Central (BC).
De acordo com o BC, 84% das transferências de dinheiro foram feitas de pessoa física para pessoa física, na modalidade chamada P2P.
Em relação ao volume financeiro, essa modalidade corresponde a 44% do total movimentado. O valor médio transferido foi R$ 496. Até o momento, 46 milhões de pessoas já usaram o Pix, segundo informações do Banco Central.
Em seguida, vêm as transações de empresa para empresa (B2B), que representaram 39% do volume financeiro, ainda que tal modalidade tenha sido responsável por apenas 3% das transações.
O valor médio transferido, nesse caso, foi de R$ 14,6 mil. Até o momento, são 3 milhões de CNPJs que já usam o Pix.
Confiança no Sistema de Pagamentos Instantâneos
De acordo com o chefe do departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Ângelo Duarte, já há registro de transações na casa das centenas de milhares e de milhões de reais por meio do Pix. “Isso significa uma confiança das pessoas no Pix”, disse ele.
Duarte também frisou o espaço para crescimento nas transferências que tenham o governo como destinatário.
Ele destacou a adesão recente da Receita Federal, que no início deste mês passou a receber o pagamento de tributos via Pix. Segundo o executivo do BC, em janeiro, deverá haver a adesão também do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Ainda conforme Duarte, a adesão de empresas, que exige procedimentos mais complexos de cadastro, deve aumentar no início de 2021, pois muitas companhias evitam grandes mudanças de sistema em dezembro, preferindo aguardar o início de um novo ano.
Sem Registro de Fraudes
Questionado sobre possíveis fraudes no novo sistema de pagamentos, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello, disse que não há “registro de ocorrência”.
Ele destacou que a quantidade de reclamações recebidas a respeito do Pix gira em torno de 1.700 até o momento, número que considera baixo ante o volume de transações.
Os dados do Banco Central mostram que, das transações feitas via Pix utilizando uma chave de transferência, apenas 0,5% não foram bem-sucedidas, com o dinheiro voltando para quem tinha enviado.
O número é bem menor do que a taxa de insucesso quando não se utiliza a chave (9,8%).
No caso do TED, sistema de transferência mais popular, essa taxa encontra-se em 4,5%.
Cadastro da Chave Pix
A chave Pix é cadastrada em cada instituição financeira e facilita a transferência, podendo ser um dado pessoal, como CPF, número de telefone ou e-mail.
Também é possível cadastrar uma chave com números aleatórios. Até o momento, foram cadastradas 116 milhões de chaves Pix por pessoas físicas.
O cadastro de uma chave, porém, não é obrigatório, destacou Mello, e as transferências com o novo sistema de pagamentos pode ser feita também do modo tradicional, inserindo número de agência e conta do destinatário.
Diferentemente do TED e do DOC, que são os outros sistemas de transferências disponíveis e que levam tempo para ser processados, o Pix é instantâneo e pode ser utilizado 24 horas por dia, sete dias por semana.
O Pix é gratuito para pessoas físicas. A cobrança de tarifa para transações feitas por pessoas jurídicas é permitida pelo BC, mas, nesse período inicial, ainda não começou a ser feita pelas instituições financeiras.