Afinal, a Poupança Ainda Vale a Pena?

Saiba até quando e qual valor é indicado aplicar.

Afinal, a Poupança Ainda Vale a Pena?

O brasileiro vai tentando se recuperar dos reflexos da pandemia ainda em curso e uma movimentação econômica chamou bastante atenção no mês de novembro.

Em relatório divulgado pelo Banco Central, foi possível constatar que o número de depósitos na poupança somaram R$ 297,413 bilhões em novembro, contra R$ 295,993 bilhões em saques, uma diferença de R$ 1,479 bilhão.

Para se ter ideia, logo ali em fevereiro, quando os primeiros sinais de lockdown começaram a ficar evidentes, foi registrada um número maior de retiradas de investimento do que depósitos. 

Tratada como um investimento amortizado por seu rendimento pífio de 1,4% ao ano, a caderneta de poupança é ainda um porto seguro para muitos brasileiros, que também demonstram em seu perfil financeiro um lado conservador.

Ter aquela ‘graninha’ guardada, mesmo que não renda em proporções desejáveis, pode ser uma verdadeira benção em tempos de dificuldade financeira.

O adequado é ter uma emergência, como apontam os especialistas, de até quatro vezes o valor de seu vencimento atual. E pode acreditar. Ficou notório em tempos de pandemia que esse valor faltou – e muito – a vários brasileiros nesses tempos de pandemia.

Não à toa, como já apontamos no UNUM, viu-se um crescimento no número de empréstimos no Brasil. 

Recorde Histórico 

Apesar da diferença bilionária entre depósitos e saques na poupança no mês de novembro, o levantamento do Banco Central apontou uma entrada líquida de recursos nas cadernetas menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 2,426 bilhões .

No acumulado dos 11 meses deste ano, o balanço das cadernetas de poupança em termos de investimento é positiva.

Foram R$ 145,707 bilhões de diferença entre depósitos e saques, um recorde histórico.

Parte dessa ‘segurança’ do brasileiro deveu-se muito ao aporte financeiro oriundo do auxílio emergencial. É o cidadão buscando se precaver para as incerteza do futuro.

O ano de 2021 ainda tem uma previsão econômica instável e dependente de fatores que fogem do seu controle, como o surgimento de vacinas capazes de neutralizar e dar fim à pandemia do novo coronavírus. 

Vale a Pena Ainda Ter Uma Poupança? 

Professor de contabilidade e finanças da Faculdade IBMEC, Bruno Araújo deu a sua opinião sobre uma pergunta que sempre passa pela cabeça daquelas pessoas que estão buscando opções de investimento.

Apesar da solidez tecnicamente apresentada, a poupança tem também seus riscos. O principal temor está sempre ligado à saúde financeira dos bancos. 

Pensando em segurança, é a mesma de se investir em produtos de renda fixa. A poupança está ligada à solidez da instituição financeira”, declara Bruno, que faz um alerta.

“O risco é uma instituição financeira quebrar. Mas existe o FGC – fundo garantidor de créditos, que garante depósitos de até R$ 250 mil, em caso de quebra da instituição financeira.

Resta saber se, havendo uma quebradeira geral, o FGC terá recursos suficientes. Temo que  não”, acrescentou o professor. 

Para o especialista, há um limite claro sobre até quando é vantajoso preservar uma caderneta de poupança.

“A poupança é simples, sem taxas e sem imposto de renda. Para pequenos valores, embora renda menos, é mais indicada. Não adianta aplicar em algo que renderá mais. As taxas e impostos vão ‘comer’ a diferença. Eu diria que para uma reserva de até R$ 10 mil, a poupança é a mais indicada“, orienta Bruno Araújo. 

Três Investimentos Melhores Que a Poupança 

  1. Tesouro direto 

A partir de R$ 30 uma pessoa já está apta a investir no Tesouro Direto, um investimento emitido pelo próprio Governo Federal, que também garante a remuneração via Tesouro Nacional.

Por ser um investimento de baixo risco, a modalidade tem sido muito procurada por conservadores, que desejam sair da poupança. 

  1. Certificado de Depósito Bancário – CDB 

Também garantido pelo FGC – fundo garantidor de créditos, a CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa emitido pelos bancos.

A operação, trocando em miúdos, é bastante semelhante a um empréstimo que o investidor faz à instituição financeira esperando receber posteriormente uma taxa de rentabilidade geralmente pré-estabelecida.

A aplicação também é indicada para investidores com um perfil mais conservador. 

3 – Fundo de Renda Fixa 

Tornando-se um cotista, você compra ativos e também contrata a gestão da instituição que está a cargo de sua aplicação.

O rendimento dessa modalidade é maior que a CDI, pois permite um auxílio especializado em suas aplicações. Isso, obviamente, depende da capacidade de cada fundo.

Pesquise as condições e opte pelo melhor serviço na hora de se tornar um cotista.