8 Bancos Tradicionais Que Já Mudaram de Nome ao Longo dos Anos

Muito além da curiosidade, vamos contar oito histórias de bancos diferentes que em algum momento precisaram mudar de nome

8 Bancos Tradicionais Que Já Mudaram de Nome ao Longo dos Anos

Apelidos, novos acionistas ou mudança de estratégia no mercado financeiro. Estes são alguns dos motivos que impulsionam um banco a mudar o nome com o qual é conhecido.

Na história brasileira, o Banco Central já deu permissão a várias instituições financeiras a de renomear sua marca e, com isso, construir um novo conceito, uma nova identidade, tendo a liberdade de acrescentar novos serviços, se desejar.

Diante disso, separamos oito bancos conhecidos hoje que já mudaram de nome e provavelmente você nem se lembrava.

1 – Agibank

A Agiplan surgiu como correspondente bancário em 1999 e em 2011 obteve a licença de instituição financeira de crédito e investimento pelo Banco Central, recebendo autorização para operar como financeira e montar sua própria carteira de crédito.

A partir desse momento, a instituição cresceu e se consolidou no mercado, oferecendo contas correntes, fechando parceria com a bandeira MasterCard e ainda adquirindo o banco Gerador, que passou a chamar-se com o mesmo nome.

No entanto, a Agiplan não queria ser visto somente como uma instituição tradicional e decidiu aventurar-se no mundo digital, o que foi concretizado em 2018, quando o banco tomou para si uma nova identidade e um novo nome: Agibank. Desde então, o Agibank tem emitido cartões múltiplos e anseia se tornar o segundo banco digital negociado na bolsa de valores.

  • Nome Anterior: Agiplan
  • Sede: Porto Alegre
  • Fundação: 1992
  • Ano de Mudança: 2018

2 – Banco BV

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Considerado o quinto maior banco privado do país, o banco Votorantim anunciou no ano passado a criação de uma diretoria, assim como a nova marca, posicionamento e agência de publicidade. Desde então, tornou-se conhecido como banco BV.

Famoso pela sua competência em ciência de dados e credibilidade de mais de 30 anos de mercado, a instituição assumiu o apelido que já era usado pelo mercado e clientes e decidiu investir mais na marca atual e na digitalização dos negócios.

A instituição pertence ao Grupo Votorantim e ao Banco do Brasil,e Cláudia Furini, gerente de Marketing do banco afirma que a mudança da logomarca tem como finalidade se aproximar mais do consumidor final, ao mesmo tempo que traduz a ambição de modernidade que o banco tem como empresa daqui pra frente.

  • Nome Anterior: Banco Votorantim
  • Sede: São Paulo
  • Fundação: 1988
  • Ano de Mudança: 2019

3 – Banco Pan

Conhecido por ser um antigo banco do empresário Silvio Santos (Baú Financeira), o PanAmericano foi comprado pela BTG Pactual em janeiro de 2011 e, dois anos depois sua diretoria decidiu mudar a logomarca a fim de marcar um novo tempo para a instituição, e tornou-se banco Pan.

Segundo eles, a mudança simbolizou “uma nova fase do Pan, que unificou suas estruturas conservando a especialização no atendimento de cada segmento, fortaleceu suas linhas de negócios e tem investido continuamente no atendimento aos clientes”, afirmou, em comunicado, o presidente do banco, José Luiz Acar.

A primeira vez que a nova marca apareceu foi na final do Campeonato Paulista de 2013, em um jogo entre Corinthians e Santos. A nova logomarca apareceu estampada nas camisas do alvinegro que, por coincidência, foi campeão naquele dia.

  • Nomes Anteriores: Baú Financeira, Real Sul S.A, Banco PanAmericano
  • Sede: São Paulo
  • Fundação: 1963

4 – BS2

O BS2 é considerado uma evolução do antigo banco Bonsucesso e chegou ao mundo digital com a finalidade de simplificar a vida financeira de seus clientes. O banco já atuava no mercado com operações de conta corrente digital, câmbio, cartões, investimentos e gestão de ativos, crédito, antecipação de recebíveis, capital de giro e soluções de pagamento e cobrança para pessoas físicas e jurídicas.

No entanto, em busca de atualização no novo mercado, em 2017 o banco decidiu mudar a estratégia e o nome, investindo mais em serviços digitais, sendo a primeira instituição a permitir o processo de abertura de contas-correntes de forma online e instantânea, por exemplo.

Desde então, atuando como BS2, o banco tem se mostrado inovador, e seu último lançamento é único no mercado: a conta digital internacional instantânea e gratuita.

  • Nome Anterior: Bonsucesso
  • Sede: Belo Horizonte
  • Fundação: 1992
  • Ano de Mudança: 2017

5 – Digio

Fruto de uma parceria entre o Bradesco e o Banco do Brasil, a Digio foi lançada pelo Elopar para ser a principal concorrente do Nubank, com contas correntes e cartão sem anuidade. Sendo assim, o banco CBSS decidiu adotar um nome e uma marca mais moderna, para ficar com cara de fintech, e decidiu abraçar a Digio.

Após esse processo, os cartões VISA da Digio passam a ser emitidos por uma instituição financeira com o mesmo nome, fortalecendo ainda mais a instituição e evitando confusão na marca, visto que muitos titulares não sabiam que o banco CBSS estava por trás da administração do cartão.

  • Nomes Anteriores: Inter American Express Arrendamento Mercantil, Bankpar Arrendamento Mercantil, Banco CBSS
  • Sede: Barueri
  • Fundação: 1981

6 – Finaxis

Conhecido nos últimos anos como Banco Petra, na verdade não é a primeira vez que a instituição muda de nome. Assim que nasceu, o banco era chamado de DTMV, e após 11 anos de funcionamento, alcançou a marca de R$ 2,5 bilhões em fundos de administração e se tornou o banco Petra.

Em 2016, foi solicitado ao BC (Banco do Brasil) a mudança da identidade e a renomeação do banco novamente e foi aceita. A ação solicitada ao Banco Central faz parte de uma estratégia da instituição para mudar seu posicionamento no mercado, diversificando sua linha de produtos e ampliando a atuação em outros fundos.

  • Nomes anteriores: DTMV, Petra
  • Sede: Curitiba
  • Fundação: 1999
  • Ano de Mudança: 2016

7 – Banco Inter

O banco Intermedium anunciou em 2017 a mudança de nome para banco Inter e o principal motivo foi a busca pela modernização da marca. Após um detalhado projeto de reformulação de estratégias que continha pesquisas entre seus usuários, foi constatado que a grande maioria desejava uma conta corrente gratuita, e digital, e tinham certa resistência com o tradicional nome do banco.

Partindo desse princípio, a instituição passou a se chamar Banco Inter, mantendo o mesmo prefixo para passar a ideia de tradição, se especializou em serviços digitais, e reduziu seu nome em latim para facilitar a pronúncia em campanhas publicitárias da nova identidade, que por sua vez, foi totalmente refeita.

  • Nome Anterior: Intermedium
  • Sede: Belo Horizonte
  • Fundação: 1994
  • Ano de Mudança: 2017

8 – Itaú Unibanco

Tanto o Itaú quanto o Unibanco, possuem uma trajetória financeira como grandes nomes e são considerados participantes da história brasileira, responsáveis por várias mudanças monetárias no país e por ascender grandes personalidades do mundo empresarial.

O Unibanco, por exemplo, está ativo desde 1924. Nas últimas nove décadas, o Unibanco e o Itaú cresceram, mudaram algumas vezes de nome, fizeram fusões, aquisições, viveram o milagre econômico, a hiperinflação e o boom da classe média.

Mesmo com clientes de perfis diferentes, não houveram dificuldades para a fusão do Itaú e Unibanco em 2008. Essa estratégia contribuiu para achatar a concorrência e levou a criação do maior banco privado do Brasil, fundindo as principais características de ambos os bancos.

“O Itaú já tinha a característica de buscar a máxima eficiência da organização. Já o Unibanco tinha a inovação como fator principal. Hoje, temos um banco com ambas as competências”, afirma o professor Ricardo Rocha, do Inper.

  • Ano da Fusão: 2008
  • Sede: São Paulo